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II SÉRIE — NÚMERO 54

fizesse o favor de se avistar comjgo. Explicitei-lhe então a situação e procurei saber a sua opinião.

Disse-me na circunstância que lhe parecia mal a instalação, mesmo nas cc adições e com a precariedade referidas. E lembro-me bem que o morador em questão me observou que a área estava a urbanizar-se e que eu próprio havia mais uma vez dito que o objectivo estratégico do Município era o de fazer da Maia em cada dia «uma terra onde vale a pena viver». E na altura o mesmo morador — pessoa extremamente correcta — acrescentava que todos sabiam, quando adquiriram ou construíram as suas casas, que ali estava implantada uma empresa industrial, mas que a tal nova unidade lhes desagradava. Perante os factos, com todas as consequências, a pretensão da nova instalação foi recusada, facto que me trouxe, em entrevista que concedi aos respectivos interessados, as mais dolorosas reacções.

Dias após, os interessados referidos contacta-ram-tne pedindo o seguinte: haviam recebido diversíssimo equipamento; tal equipamento havia sido instalado por montadores do próprio fornecedor, que era estrangeiro, e pediam que o Município fornecesse energia apenas durante dois dias, com vista a experimentar o equipamento em causa e a verificar se o mesmo se encontrava conforme, uma vez que o banco financinador para fazer o seu pagamento lhes exigia isso mesmo.

Entendi como razoável a petição. Porém, previamente a consentir no abastecimento de energia, telefonei ao morador antes referido e transmiti-lhe o que iria suceder e as razões do facto, solicitando-lhe ainda que fizesse o favor de dar aos moradores locais o devido conhecimento para que não houvesse interpretações incorrectas e toda a gente se mantivesse informada. Era a transparência da posição do presidente da Câmara.

Tudo se passou como foi determinado. A empresa laborou dois dias apenas.

Cerca de três semanas depois chegaram a todos os membros da Câmara cartas iguais àquela que foi remetida a S. Ex.a o Ministro da Administração Interna, sempre acompanhadas também da notícia do Jornal de Notícias.

Curiosamente, a carta em causa só não foi dirigida ao presidente da Câmara.

O que à partida não é curial e não está de acordo com a transparência posta pelo presidente da Câmara no tratamento com os moradores locais.

Mas o modo como tudo decorreu leva-me a pensar, e por isso aludi ao quê de psicológico da questão, que os moradores iniciaram uma reclamação contra a instalação de uma empresa. O caso foi tratado da maneira que ficou referida. E agora é uma espécie de «vamos à seguinte» noutra espécie de «justa luta», para talvez a seguir se pensar numa terceira] quarta ou quinta, se calhar para acabar numa outra qualquer, nem que seja a uma dezena de quilómetros do local.

E tudo isto sem recordarem que a empresa — propriedade de gente muito séria e cumpridora de todos os pontos de vista, referência que obviamente não implica qualquer juízo de valor sobre os moradores — está em obras, como se aludiu, obras que se completarão, julgo eu, em cerca de dois meses, e situa-se ali há cerca de 30 anos, quando, quiçá, nenhum dos moradores havia sequer sonhado em radicar-se no local; g) A explicação que dei a V. Ex.a é longa. Mas conhecendo estes processos, como conheço, adivinho que irei receber agora cartas de não sei quantas entidades a perguntar pelo caso. Obviamente, desde o Sr. Presidente da República até outras altas entidades. E assim para esclarecer a matéria terei apenas de enviar cópia do ofício que faço presente a V. Ex."

Aproveito a oportunidade para apresentar a V. Ex.* os meus melhores cumprimentos e os protestos da. minha mais elevada consideração.

Paços do Concelho da Maia, 16 de Novembro de 1986. — O Presidente da Câmara, José Vieira de Carvalho.

MINISTÉRIO DO PLANO E DA ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO

GABINETE DO MINISTRO

Ex.mu Sr. Chefe do Gabinete de S. Ex.* o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares:

Assunto: Resposta ao requerimento n.° 747/IV (2.a), do deputado foão Abrantes (PCP), solicitando o envio de uma publicação.

Em referência ao ofício de V. Ex." n.° 7970, de 29 de Novembro de 1986, junto tenho a honra de enviar, como resposta, a seguinte documentação:

Região Centro em Mapas e Números.

Com os melhores cumprimentos.

Gabinete do Ministro do Plano e da Administração do Território, 24 de Fevereiro de 1987. — A Chefe do Gabinete, Maria Clara A. Ferreira.

SECRETARIA DE ESTADO DA INDÚSTRIA E ENERGIA

GABINETE DO SECRETARIO DE ESTADO

Ex.™ Sr. Chefe do Gabinete de S. Ex.° o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares:

Assunto: Resposta ao requerimento n.° 1050/IV (2.*), do deputado Guerreiro Norte (PSD), pedindo in-