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19 OE OUTUBRO DE 1988

No entanto, embora na perspectiva da banca internacional a situaçlo

possa estar controlada, na perspectiva do sistema económico internacional, designadamente em termos de desenvolvimento dos países devedores e de assegurar fluxos de comércio a situação permanece delicada. De facto, se n.lo se criam condiç!les de financiamento (nomeadamente fluxos Uquidos adicionais de capital) As economias em

causa, viabilizando o respectivo crescimento, nlo é de afastar a hipótese de potenciais sltuaQ)es regionais graves de ruptura social e de reforço das pressi!es proteccionistas, as quais interferiria com o comércio mundial e conjugar-se-lo com as demais tensões.

56. A CEE, os Estados Unidos e o Japlo vêm revelando ritmos de crescimento económico diferenciados, sendo a economia comunitária a

que vem apresentando taxas de crescimento mais baixas.

O aumento das taxas de juro na economia americana, contribuindo para a apreciação do dólar, levantou preocupações de inflaçio (importada) na economia aleml, o que conduziu também a uma reacçlo de aumento das

taxas de juro nas principais economias comunitárias. No entanto .. a Comunidade vem vivendo com um valor médio de inflac;lo historicamente baixo, ligeiramente acima dos 3%1 enquanto que na economia nort~americana o nfvel se situa nos 4 ~ ( com tendência para um ligeiro aumento).

Em termos de desemprego, a situação comparada entre a Comunidade e os Estados Unidos é bastante diferente: na CEB a taxa de desemprego deverá

rondar o nivel médio anual, em 1988, de 11% enquanto que nos Estados

Unidos se situará nos 5,5%.

ESTIMATIVAS E PREVISOES MACROECONÓMICAS

~B,nn volume

CEE 2.6 2.6 :u USA 2.9 3.1 19

JAPAO .., .. 3.S

NFLAÇAO

CEE 3.3 3.2 33 USA 4.0 4.0 5Jl

JAPAO .... 2.0 u B. TRANSAC<;OoS CIORRENTES !un S do I'UI)

CEE 1.0 o.6 ll.)

USA ""' .:).0 .... JAPAO 3.6 2.9 u DESEMPREGO

CEE 11.7 113 11.1

USA 6.2 S.5 S.1

/APAO :z.a 2.6 :z.a

Ptrspectiv11s

57. As perspectivas de evolução da economia internacional apontam para uma ligeira desac:eleraçio do ritmo de CftSCimento no curto

prazo.

O recente aperto relativo nas poUticas monetárias., destinado a contrariar os indícios de pressOes inflaccionistas, mais confirma as perspectivas de

ligeiro abrandamento que já eram esperados.

58. Uma das principais incertezas em termos de perspectivas, quer

no curto quer no mé

A recente inflexa:o do decUnio do dólar vem contrariar a correcçlo do défice romerdal norte--americano. Dado que, adióonalmente, a economia

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americana passou duma posiçlo credora para uma posição devedora, o

serviço da divida começari a pesar nas suas contas externas. A prevalecerem os factores de correcçlo dos desequilibrios estruturais, o dów deverá depreciar-se no médio prazo face As restantes principais moedas do sistema financeiro intemaàonal.

Contudo, nlo é de afastar a hipótese de surgirem periodos de recuperação da divisa norte-americana suscitados pelo seu papel de principal moeda de comércio internacional, motivados quer por diferenciais de taxa de juro

compensadores, quer por ritmos de correcçlo do desequiUbrio corrente

mais rápidos do que o previsto, quer ainda por a economia norte Americana revelar ritmos de crescimento superiores às outras zonas romerdais. A próxima administraçl.o americana, caso prossiga um programa de correcçlo do défice orçamental, poderá suster uma eventual tendência de decUnio da divisa americana.

Todo este conjunto de incertezas contribuirá provavelmente para uma volatillobcle c:amb!aJ porventura superior àquela em que ternos vivido.

59. A tentativa de minorar a volatiliobde cambial irá compeUndo a tentativas de aCQto concertada nos mercadoo monetário-cambiais por parle

das autoriobdes moneblrias das principais economias. A Comunidade corre, no entanto, o risco de, para defesa da cotação das suas moedas . em particular a do marco alemlo - vir a prosseguir politicas monetir ias

relatlnmente prudenta que, combinadas com políticas fiscais de idêntica lndole, venham a impUcar ritmos de crescimento económico mais lentos do que os de outras zonas económicas e que, portanto, ni!o contribuilõ!o para enfrentar o problema do alto nível de desemprego.

60. As condições dos mercados petrollferos e em particular os

potenciais desenvolvimentos do ronflito lrl~lraque e seus reflexos no cartel OPEP n.lo perspectivam contextos de crescimentos sustentados do preço de energia. Tal constitui um potencial elemento positivo em termos

de inflaçlo e de crescimento a nível internacional.

61. As recentes condiQ)es climatéricas adversas que afectaram as produQ)es agr!oolas, em particular na economia norte-americana, poderi!o ter um deito de paragem no desmantelamento de s ubsídios e outras medidu protecdonietas ao sedar, as quais têm vindo a originar excedentes de produçlo - com níveis significativos de stocks nos Estados Unidos e na Comunidade - e interferências nas potencialidades de produção de países menos desenvolvidos. Caso se verifique esse efeito de paragem e nlo se repitam as condiçOes climatéricas adversas .. corre-se o risco de se agravarem no curto e médio prazo as condições de sobreprodução agrícola nalgumas economias.

62. Um aspecto relevante nas perspectivas a médio prazo silo os

riscos de aumento da.s tensões nas trocas comerciais, propiciando um aumento do proteccioni.lmo e afectando negativamente o comércio

mundial e o pr6prio ritmo de crescimento económico.

A recente "trade bill" norte-americ:ana é um dos elementos potenciais desse aumento de tensões; a gradual realização das condições do Mercado Interno Comunitúio poderA, também, conduzir a reacQ)es de protecção por parte de outras zonas económicas, caso os eventuais conflitos nlo sejam resolvidos ao nlvel politico-diplomático; os problemas de financiamento dos palses altamente endividados constituem também

facton!S de reforço do proteccionismo.

63. Estas perspectivas nefl.ectir-se-lo necessáriamente na evolução

da economia portuguesa.

De facto, o seu crescimento será condicionado pelo dinamismo das economias internaóonal e oomun.itária, que interferem di.re<:tamente no