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ritmo de expansão dos seus mercados de exportação. Por outro lado, a volatilidade cambial e em particular, os surtos de apreciaçlo do dólar, afectarl.o negativamente as aquisit;Oes de energia e de bens alimentares, podendo, inclusivé, conduzir a situaçOes de perda de termos de troca. Um

outro aspecto é o da manipulaçlo das taxas de Juro como um dos instrumentos principais para assegurar estabilidade cambial por parte das grandes economias, que interferirá naturalmente na eficácia da politica

monetária e se reflectirá nos custos do serviço da divida externa. Finalmente, o reforço das pressOes protecdonlstas e das correspondentes tensOes comerciais entre grandes zonas de comércio, prejudicando a diversiflcaçlo do nosso relacionamento com palses terceiros, mais reforçará o aprofundamento da integraçlo portuguesa no contexto

comunitário.

Em suma, as perspectivas a médio prazo do quadro envolvente da economia portuguesa correspondem a um acréscimo dos factores de incerteza e do ritmo a que se processa a respectiva interacçlo. No entanto, quer no curto, quer no midio prazo estes factores de incerteza nlo afectarlo a elevada probabilidade de

Economia Nacional

E:voluçlo Reconte

64. A economia portuguesa revelou, nos 11ltimos três anos, resultados multo positivos ao n!vel das principais variáveis macroeconómicas. O clima de estabilidade polltica potenciou uma nova atitude de optimismo e confiança por parte dos diferentes agentes económicos. Por outro lado, um padrão de politica coerente e adequado, permitiu a concretização de objectivos ambiciosos e indispensáveis ao crescimento sustentado da economia portuguesa e à sua modernização. A dinlmica imprimida pela adesão àS Comunidades, conjugada com uma envolvente externa favorável influenciou adicionalmente a evoluçlo da si tuaç:lo económica.

Foi possível, assim, conseguir, em simultâneo, um aescimento senslvel e constante d o produto, do investimento, dos salários reais, da produtividade, da capaàdade de aum.fmanciamento das empresas e das reservas cambiais e, ao mesmo tempo, reduzir significativamente a inflação, o desemprego, o ritmo de desvalorização do escudo e, o peso (no PIB) da divida externa, e do défice orçamental, mantendo uma situação conrroiada e favorável ao nível da balança de pagamentos.

65. A persistência do desajustamento entre a produçio Interna e a procura, associada à subida das taxas de juro nos mercados financeiros internacionais, à subida dos preços de algumas matérias primas, à recente apreciação do dólar e à ocorrência de um mau ano agrlcola em 1988, poderio todavia repercutir-se negativamente sobre a evolução de algumas variáveis macroeconómicas, nomeadamente na inflaçlo cuja desaceleração se vem processando de forma mais lenta e nas contas externas, que, no entanto, nlo se afastarlo sJgnificativamente duma situação de equillbrio em finais de 1988.

66. Depois de atingidos os objectivos do acordo de estabilização com o Fundo Monetário Internacional em 1983/84, a economia portuguesa encetou um processo de recuperação que lhe permitiu um crescimento económico superior a 4~ ao ano desde 1986.

Inflectindo a situação verificada anteriormente, a partir de 1986 a procura interna apresentou um acentuado aescimento médio da ordem dos 8,5'10/ano, constituindo, pelo seu peso relativo, o principal factor de crescimento da economia. A procura externa continuou a evoluir favoravelmente, no perlodo de 1986/88, reflectindo ganhos de quotas de mercado, dado que as exportações, ao registarem acréscimos médios de 8'10/ ano superaram a procura potenciai dos principais mercados.

II SÉRIE- A - NÚMERO 1

O acentuado ritmo de cres<:imento da procura interna, especialmente notável no caso do investimento (cerca de 14'10 em termos médios desde 1986, mais do que recuperando da acentuada queda registada entre 1983 e 1985), associado à integraçlo nas Comunidades Europeias, implicou um significativo aumento do grau de abertura da economia e um maior conteúdo importado da procura, que se traduziu na aceleração do crescimento das importações de bens e serviços (de cerca de 4'10 em 1985, terá atingido cerca de 25'10 em J98n. A esperada redução do conteúdo importado da procura indiciam agora uma menor taxa de crescimento das importaçoes. Este comportamento poderá reOectir-se, já em 1988, numa evolução do saldo da balança comercial, menos desfavorável, dado que, cumulativamente, as exportações continuam a apresentar um comportamento bastante positivo.

Os ganhos de termos de troca, especialmente acentuados em 1986, a ocorrência de bons resultados no sector do turismo, o bom nivel atingido pelas remessas de emigrantes e as entradas de fundos provenientes das Comunidades Europeias possibilitaram que as contas externas se tenham apresmudo excedenthlas . A eventualidade de manutenção da apreciação do dólar, ocorrida em meados de 1988, poderá implicar uma deterioração dos termos de troca, embora a balança de transat;Oes amentes se deva

situar próximo do equillbrio com um ligeiro superavit.

Foi posslvel compatibilizar um processo de crescimento rápido com uma redução da inflação de cerca de 20 pontos perccntuala entre 1984 e 1988 e da W

A evolução favorável da actividade económica, permitiu o acrfscimo mfdlo anual do rendimento real doo partkularu e doe salários ruía, da ordem dos 4% e 3,3%, respectivamente, os quais vieram repercutir-se num acréscimo elevado do consumo privado da ordem dos 6~ ao ano no perlodo de 1985/88; contudo, este crescimento do consumo privado foi acompanhado pela redução da taxa de poupança dos particulares de cerca de 4,5 po.ntos percentuais entre 1985 e 1988.

No que se refere àS contas do Sector Público Administrativo (SPA), o objectivo de reduzir o peso do seu défice no PIB tem-se mostrado de concretização lenta devido, por um lado, à rigidez da maior parte das despesas, nomeadamente dos juros da divida pll.blica e a alguma insuficiência das receitas face à base tributAria e, por outro, à reestruturação do SPA e à reafectação da divida das várias instituiçOes. Assim, embora se tenha registado uma ligeira melhoria, o défice do SPA represeJ)tou ainda em 1987, cerca de 8.59& do PIB.

Ao nivel da divida externa (medida em dólares) e, nlo obstante o efeito perverso das flutuaçOes cambiais, o seu peso em relação ao PIB baixou de cerca de 90'10 em 1984 para cerca de metade em 1987, ao mesmo tempo que se conseguiu uma melhoria significativa do seu perfil temporal (no mesmo perlodo o peso da divida de curto prazo na divida total passou de 209& para 11 %).

DESPESA INTERNA

1987

VaJorHa pN(Of corr•nt.

JcoNSUMO TOTAL 4140 Consumo prtvado 3406 Con.umo pdbUco 734

' INVESTIMENTO BRtn'O 1324 Form..;lo bn.ltã do caplt.l HICO 1247 Varia(io do ext•tfndu 77

PROCURA INTERNA 5464

ElCPORT AÇ()Es DE 5ENS E SERVIÇOS 17116

PROCURA GLOBAL 72a!

IMPORTA<;OES DE BENS E SERVIÇOS 2104

PROOVTO INTERNO BRUTO 5156

(11) Contribui~ para • vari~o do produto lntemo bruto. PONTE: Oepr.rtameato Centr.l de P!.M&mento

MUmllhllft e a$CU os rliiiT

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• 112 4739 5 3898 2 841

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