O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

16 DE OUTUBRO DE 1997

12-(553)

Em termos orçamentais a criação de. excedentes na Segurança Social permitiu, em 1997, a transferência para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social de 100 milhões de contos, o que, aumentando a despesa da Segurança Social, aumenta de igual montante a receita dos

Serviços e Fundos Autónomos, permanecendo o défice do

Sector Público Administrativo inalterado (para esta questão ver os capítulos referentes aos Serviços e Fundos Autónomos e Segurança Social).

Aumento da Eficiência Fiscal

O ajustamento das contas públicas e a reorientação das despesas são simultâneos com um bom desempenho das receitas do Estado e no geral do Sector Público Administrativo, resultado quer de esforços discricionários de melhoria da administração fiscal, de recuperação de dívidas fiscais e de combale à fraude, quer da evolução da actividade económica.

A receita corrente total cresce cerca de 0,6 pontos percentuais do Produto Interno Bruto em relação a 1996. Para este comportamento contribuem essencialmente as contribuições para a Segurança Social e as outras receitas correntes, registando a receita fiscal (na óptica das contas nacionais e excluídas as contribuições para a Segurança Social) um aumento-marginal.

Em relação ao orçamentado estima-se para 1997 alguma perda nos impostos ligados à produção e importação, consequência em grande medida do comportamento do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), enquanto os impostos sobre o rendimento e o património se espera que cresçam a uma taxa ligeiramente inferior à implícita no Orçamento.

11.1 Execução Orçamental

II.l.l Estado

11.1.1.1 Execução Global

No Quadro II-1 é apresentada a estimativa de execução global das receitas e despesas do subsector Estado para os anos de 1996 e 1997. Da análise dos valores nele constantes, destaca-se a melhoria do saldo global em 1997, dc 1,2 pontos percentuais em relação ao Produto Interno Bruto, inteiramente conseguida através do saldo corrente.

Quadro II-1 Estado — Execução Global

 

1996 Execução

1997 Estimativa

Variação

1996

1997

valor

% •

em % do PIB

Receitas correntes t

4O20.2

4426.6

406.4

10.1

24.2

25.0

das quais impostos

3651.1

3977.0

325.6

8.9

21.9

22.5

das quais transf. adm.pub

5.2

3.4

•1.8

-34.6

0.0

0.0

Despesas correntes

4232.5

4455.5

223.0

5.3

25.4

25.2

das quais enc.div.púb.

740.6

, 705.3

-35J

-4.8

4.5

4.0

das quais tansf.adm.púb.

1413.7

1501.9

88.2

6.2

8.5

8.5

Saldo corrente

•2IZ3

-28.9

Í83.4

 

1.3

.■02

Receitas de capital(l)

48.9

93.2

44.3

90.6

0.3

0.5

das quais transf. ad. púb.

3.4

7.4

4.0

117.6

0.0

0.0

Despesas de capital

539.4

602.7

63.3

11.7

3.2

3.4

das quais tranf. ad.púb.

376.5

404.8

28.5

76

2.3

2.3

Saldo de capital

-490.5

-509.5

-19.0

 

-2.9

-2.9

Receita total

4069.1

4519.8

450.7

II.1

24.5

25.5

Despesa total

4771.9

5058.2

286.3

6.0

28.7

28.6

Saldo primário

37.8

166.9

129.1

 

0.2

0.9

Saldo global

-702.8

-538.4

164.4

 

-4.2

-3.0

("Não incluí activos e passivos financeiros

(2}Não inclui activos e passivos financeiros e transferência para FRDP

A evolução do saldo corrente é explicada pela diferença de 4,8 pontos percentuais entre o crescimento das receitas

e o das despesas. As receitas de impostos, embora manifestem uma queda previsível de 1,2 por cento relativamente ao orçamento inicial de 1997, contribuem com 80 por cento para o aumento das receitas correntes.

O comportamento da despesa corrente, com um crescimento de 5,3 por cento, é uma resultante não só da diminuição verificada nas despesas com encargos da dívida pública, mas também da desaceleração do crescimento das restantes despesas correntes.

O saldo primário, embora apresente uma melhoria em relação ao Produto Interno Bruto inferior à do safdo global, é francamente positivo, com mais 129 milhões de contos do que em 1996, o que corresponde a um crescimento de 341,5 por cento em termos nominais.

11.1.1.2 Despesa do Estado

Prevê-se que em 1997 a despesa do subsector Estado (excluindo contas de ordem, passivos financeiros e transferências para o Fundo de Regularização da Dívida Pública— FRDP) se situe em 5078,7 milhões de contos, mais 292,8 milhões de contos do que em 1996, o que corresponde a um crescimento de 6,1 por cento.

Retirando o efeilo dos activos financeiros, o crescimento será de 6 por cento, inferior em 1,5 pontos percentuais ao verificado cm 1996.

Quadro 11-2 Despesa Total

mlhOci de contos

 

1996

1997

Variação

 

Execução

Estrutura %

Estimarjva

Estrutura Va

Votar

'/.

1. Capitulo

424.8

8.9

4X13

95

W

I3J

2. Dotações Especificas

2486.8

52,0

2561,8

50.4

75.0

3.0

Lei da Programação Manar (•)

54,9

l.l

35.7

0.7

•192

-35.0

Grandes Transferencias

           

Transferências Serviço Nacional de Saúde

648.7

13.6

670.0

13.2

2u

3.3

Transfcrêncios Segurança Social

3235

6.8

365,0

12

415

128

Transferências Regiões Autônomas

3IJ

0.7

315

0.6

02

0.7

Transferências Administração local

254.1

5J

271.1

i3

17.0

6.7

das quais: Fundo Equilíbrio Financeiro

2415

5.0

253.4

5.0

11,9

4.9

Transferências Exterior

1995

42

248.2

4.9

48.6

24.4

das quais: União Europeia

184.9

3.9

229J

45

44.4

24.0

Transferências Ensino Superior

1205

25

126.0

25

5.1

42

Juros

740.6

155

705.3

13.9

 

-1.»

Subsídios

99.2

2.1

885

1.7

10.7

-111.*

Activas Financeiros

14,0

0J

20.6

0.4

65

46.7

3. Funcionamento

1874.3

m

2035.6

40.1

I6IJ

8.6

Despesos com Pessoal

1450.1

30J

1572.6

31.0

1225

8.4

das quais:

           

Educação

593,8

12.4

658.8

13.0

65.0

11.0

Pensões e Reformas

274.4

5.7

3115

62

38.1

13.9

Encargos com a Saúde

100.7

2.1

1029

2.0

22

22

dos quais

           

ADSE

63.0

IJ

66J

ü

3.3

5J

Outras

424,2

8.9

463.1

9.1

3«5

92

Tool

4785.9

100.0

5078.7

100.0

292,8

6.1

A análise do Quadro II-2 permite concluir que cerca de 42 por cento da estimativa de crescimento da despesa é constituída por encargos com o pessoal, cuja variação relativa é 2,3 pontos percentuais superior ao do total da despesa.

São particularmente relevantes, neste contexto, as despesas com pessoal dos estabelecimentos de ensino básico e secundário e a contribuição financeira para a Caixa Geral de Aposentações, que absorvem, respectivamente, 53 e 31 por cento da variação das despesas de pessoal.