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7 DE JANEIRO DE 1999

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que determina a necessidade de um acompanhamento cuidado ao longo das diferentes fases de adaptação.

Como segundo vector de actuação - "recolha e análise de informação sobre o estádio de preparação das empresas para o euro" - definiu-se um programa de acompanhamento do estádio de preparação das empresas portuguesas e da sua envolvente, face ao EURO.

Importa, decerto, avaliar o grau de preparação das empresas por forma a identificar não só os progressos conseguidos ao longo do lempo, mas também, a eventual existência de assimetrias relacionadas com especificidades diversas, nomeadamente, sectoriais, dimensionais, regionais ou, decorrentes do maior ou menor grau de internacionalização, da abordagem ao designado "bug" do ano 2000 e, ainda, do grau de qualificações dos recursos humanos disponíveis.

Neste sentido e, em colaboração com as associações empresariais, a Comissão, executou já a primeira fase de vários inquéritos a diferentes sectores da actividade económica, prevendo-se que da sistematização dos resultados resulte a produção e,divulgação de dossiers temáticos, sectoriais ou "estudos-caso" relativamente ao processo de preparação da economia portuguesa para o EURO, sendo de admitir que estes possam constituir "guias práticos" de referência para as outras empresas.

Em relação à envolvente externa da empresa, importa analisar o processo de preparação para o EURO, em toda a infra-estrutura estatal pelo que, em colaboração com outros organismos da Administração Pública e, em particular com as agências públicas que mais directamente se relacionam com as empresas (IAPMEI, ICEP, Fundo de Turismo e IEFP) e ainda, com as principais empresas produtoras de serviços públicos (sistema financeiro, telecomunicações, transportes, entre outras) se preparam também relatórios sobre os processos de adaptação em curso.

Numa perspectiva de ampla cobertura sectorial, considerou-se pertinente promover, em parceria com outras enüdades, estudos específicos para os sectores do turismo e do comércio, reconhecendo quer as suas particularidades face à introdução do EURO quer a sua importância na actividade económica portuguesa.

No caso do turismo, o estudo patrocinado pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Fundo de Turismo tem como principal objectivo identificar o potencial 'impacto da introdução do EURO e das suas repercussões no posicionamento estratégico do turismo nacional e dos seus agentes económicos e nas respectivas operações correntes.

No caso do comércio, o estudo surge com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos e do IAPMEI, com o objectivo de identificar não só as implicações operacionais decorrentes da introdução do EURO, como também de permitir uma análise de-custos/benefícios, suficientemente detalhada e objectiva para uma avaliação dos ganhos e dos custos - no curto e no médio prazo - a suportar pelas empresas do sector e para proporcionar uma melhor perspectiva dos desafios que se lhes colocam neste novo contexto económico.

Integrado no contexto do terceiro vector referido -"dinamizar debates sobre as implicações estratégicas do EURO na economia e na sociedade" - estão previstas diversas acções, entre as quais um ciclo de seminários subordinado ao tema "Competitividade e Internacionalização face ao EURO".

Ainda em complemento deste conjunto de acções e, na perspectiva de conseguir um contacto mais directo com as

empresas e seus quadros, em espaços tão diversificados quanto possível, a Comissão tem vindo a procurar assegurar a sua presença nas principais "feiras de actividades económicas" que decorrem no país, através de stands próprios (ou da participação nos "stands" das Delegações Regionais do Ministério da Economia).

II.4. RECURSOS HUMANOS E EMPREGABIUDADE O PLANO NACIONAL DE EMPREGO

Os Novos Desafios da Empregabilidade

A sociedade do conhecimento e da informação vem colocar novas exigências de empregabilidade (e do seu relançamento) de natureza transsectorial.

Estas exigências reportam:

• a perfil do(s) profissional(is) e cidadão(s);

• à alteração do paradigma da gestão das empresas;

• ao papel do Estado;

• a toda a sociedade, à qual se impõe a evolução para uma "sociedade de aprendizagem".

O papel central do conhecimento e a disponibilidade massiva de informação da sociedade futura elegem como capacidades individuais estritamente necessárias as de: pesquisa, análise e síntese, bem como a de propor soluções.

Estas novas exigências determinam a revisão dos perfis dos formadores (nomeadamente dos professores inseridos no sistema de ensino) valorizando como competências especiais: a capacidade de despertar curiosidade no formando, o estímulo ao seu rigor intelectual, o apoio ao desenvolvimento da sua autonomia e à adopção de uma atitude pró-activa.

Estudos de literacia realizados no âmbito dos países da OCDE comprovam que 25 a 75% da população desses países não tem o nível de literacia considerado pelos especialistas requisito mínimo face às exigências da vida e do mundo do trabalho na sociedade do conhecimento.

Apesar de a um nível de literacia não corresponder linearmente um determinado grau de instrução ou nível de qualificação, os estudos realizados comprovam uma maior correlação do nível referenciado com o ensino secundário e o ensino superior. A aplicação desta regra à situação portuguesa permite identificar como regiões do país de particular vulnerabilidade as do Norte, Centro e Alentejo, bem como a urgência de formação e requalificação de 70% da população activa.

A globalização e a mudança acelerada centram nas pessoas a única resposta possível de flexibilidade, de antecipação e de adaptação, peló que se tornam fundamentais o espírito empreendedor, a capacidade de decisão rápida e com risco, a "escuta" ao mercado, a capacidade criativa: em produtos, em serviços, em acréscimo de qualidade.

Este facto exige das empresas a valorização da cultura organizacional, a renovação dos métodos de comunicação, um conjunto de incentivos e reconhecimento adequados. Exige-lhes que centrem nas pessoas (na sua participação, formação e criatividade) a sua gestão. Exige-lhes ainda como condição de liderança do mercado:

• a vanguarda nos processos de pesquisa/investigação e marketing;

• a responsabilidade de investir permanentemente ná formação fcontínua dos seus recursos humanos e a^ capacidade de influenciar a formação inicial dos profissionais a recrutar;