O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

81 | II Série A - Número: 135 | 16 de Julho de 2008

II. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO PARA 2009

Em 2007, a economia portuguesa prosseguiu a recuperação, com o PIB a crescer 1,8% em termos reais (1,3% em 2006 e 0,9% em 2005). Esta aceleração da actividade económica reflectiu, principalmente, a dinâmica das exportações e a recuperação do investimento empresarial, não obstante as perturbações nos mercados financeiros que caracterizaram o enquadramento internacional na segunda metade do ano.
Esta melhoria da actividade económica resultou de uma evolução intra-anual diferenciada. Assim, enquanto no primeiro semestre foi a procura externa líquida a proporcionar o maior contributo para este crescimento, no segundo semestre foi a procura interna, nomeadamente o investimento, a impulsionar a aceleração da actividade.
Em termos gerais, as exportações foram a componente da procura global que mais cresceu em 2007.
Contudo, o forte crescimento das importações, associado ao maior dinamismo do investimento e do consumo de bens duradouros, traduziu-se, no seu cômputo, num contributo marginal da procura externa líquida para o crescimento económico (Quadro II.1).

Quadro II.1. Principais Indicadores da Economia Portuguesa (Taxas de variação homóloga em volume, %)

I II III IV
Taxa de crescimento real (%)
PIB 0,9 1,3 1,8 1,9 1,8 1,6 1,8
Procura Interna 1,5 0,3 1,5 0,1 0,9 2,0 2,9
Consumo Privado 2,0 1,1 1,5 1,2 1,5 1,4 1,7
Consumo Público 3,2 -1,2 -0,3 -1,0 -0,7 0,2 0,4
Investimento (FBCF) -0,9 -1,0 3,2 -0,7 0,0 5,0 8,7
Exportações 2,0 9,2 7,3 10,1 8,2 6,0 5,2
Importações 3,5 4,6 5,5 3,7 4,8 6,2 7,2
Contributos para o crescimento do PIB (pontos percentuais)
Procura Interna 1,6 0,3 1,6 0,1 1,0 2,2 3,2
Exportações Líquidas -0,8 1,1 0,1 1,8 0,7 -0,6 -1,3
Taxa de desemprego (%) 7,6 7,7 8,0 8,4 7,9 7,9 7,8
Emprego total (taxa de variação, %) 0 0,7 0,2 0,2 -0,5 0,3 0,9
Taxa de inflação 2,3 3,1 2,5 2,4 2,5 2,2 2,7
Saldo Conjunto das Balanças Correntes e de Capital (% do PIB)
-8,3 -8,6 -8,6 -7,4 -7,2 -9,5 -10,2
2007
2005 2006 2007 Fonte: INE e Ministério das Finanças e da Administração Pública.
Notas: Os valores referentes ao PIB de 2007 e às suas componentes correspondem a uma estimativa do Ministério das Finanças e da Administração Pública, assim como a decomposição por trimestres para o mesmo ano. Esta estimativa foi elaborada tendo por base as Contas Nacionais Trimestrais de 2007, o valor do consumo público subjacente à Conta das Administrações Públicas de 2007, divulgada aquando da 1.ª Notificação de 2008 do Procedimento dos Défices Excessivos, e os dados do Comércio Externo entretanto divulgados.
Taxa de inflação medida pela variação do Índice de Preços no Consumidor.

Todas as componentes da procura interna apresentaram um comportamento mais dinâmico face a 2006, como antes assinalado, destacando-se a forte recuperação do investimento. Invertendo a tendência de abrandamento observada desde 2004, em 2007 o consumo privado acelerou face ao ano anterior e cresceu 1,5% em termos reais (1,1% em 2006). Para este resultado foi decisivo o comportamento dos bens duradouros, invertendo assim a situação observada em 2006. Esta evolução é,