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84 | II Série A - Número: 135 | 16 de Julho de 2008

Quadro II.2. Enquadramento Internacional – Principais Hipóteses 2008 2009
Procura externa relevante para Portugal taxa de variação, em % 5,5 4,9 4,2
Preço do petróleo (Brent) USD/barril 72,5 115,5 109
Taxa de câmbio efectiva nominal para Portugal Taxa de variação, em % 0,8 2,4 0,2
Taxa de câmbio 1 euro= … USD Média anual 1,37 1,55 1,57
Taxa de juro de curto prazo (a) Média anual, % 4,3 4,3 3,8
Taxa de juro de longo prazo (b) " 4,4 4,3 4,2
2007
Previsão Notas: (a) Euribor a 3 meses, (b) Obrigações do Tesouro a 10 anos.
Fontes: Comissão Europeia e Ministério das Finanças e da Administração Pública.

A recuperação prevista da actividade económica ao longo do período de projecção deverá beneficiar, principalmente, do comportamento da procura interna. Mantendo a dinâmica de 2007, o investimento (FBCF) deverá crescer 3,5% em 2008 e 5,5% em 2009, com expectativas particularmente positivas para os segmentos da energia, construção e material de transporte. O crescimento do consumo privado em 2008 deverá desacelerar ligeiramente em relação ao observado em 2007, em resultado da dissipação dos efeitos das alterações fiscais sobre a evolução do consumo de bens duradouros, em parte compensados pelo efeito da redução da taxa normal de IVA a partir de Julho, e das condições de financiamento mais restritivas. A evolução do consumo público continuará a reflectir a implementação dos esforços de consolidação orçamental.
Em linha com a revisão em baixa das previsões para o crescimento da procura externa relevante para Portugal, o crescimento das exportações deverá ser inferior ao previsto no PEC (5,3%, face a 6,7% para 2008), mantendo, contudo, um comportamento robusto, considerando a tendência recente de diversificação geográfica das exportações portuguesas e a manutenção do dinamismo das exportações de serviços. A evolução das importações deverá reflectir o comportamento da procura interna, evidenciando uma ligeira aceleração em 2009. Estes desenvolvimentos traduzir-se-ão numa deterioração da procura externa para o crescimento real do PIB.
As necessidades de financiamento da economia face ao exterior deverão diminuir em 2008 para -8,5% do PIB (-8,6% em 2007), beneficiando da melhoria do saldo da balança de serviços e do aumento esperado das transferências externas, associado à concentração de fundos relativos ao actual Quadro de Estratégia de Referência Estratégico Nacional (QREN) e ao anterior QCA III (Quadro Comunitário de Apoio). A finalização desse anterior programa de financiamento deverá resultar num ligeiro aumento do défice externo em 2009.