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85 | II Série A - Número: 135 | 16 de Julho de 2008

Quadro II.3. Cenário Macroeconómico (Taxas de variação homóloga em volume, %) 2008 2009
Taxas de variação real (em %)
PIB 1,8 1,5 2,0
Consumo Privado 1,5 1,4 1,7
Consumo Público -0,3 -1,1 -0,6
Investimento (FBCF) 3,2 3,5 5,5
Exportações 7,3 5,3 4,7
Importações 5,5 4,3 4,5
Taxa de desemprego (%) 8,0 7,6 7,4
Emprego total (taxa de variação, %) 0,2 0,8 1,0
Taxa de inflação (%) (a) 2,5 2,6 2,2
Saldo Conjunto das Balanças Correntes e de Capital (% do PIB) -8,6 -8,5 -8,7
2007
Previsão Fontes: INE e Ministério das Finanças e da Administração Pública. (a) Taxa de inflação medida pela variação média anual do Índice de Preços no Consumidor.

Quanto ao mercado de trabalho, e tendo em conta o habitual efeito desfasado da recuperação do emprego face à actividade económica, espera-se uma melhoria face a 2007. Assim, a situação no mercado de trabalho deverá evoluir favoravelmente, em linha com os esforços desenvolvidos no sentido de promover as competências da população activa, de forma a responder às necessidades de um tecido produtivo cada vez mais competitivo e exigente em trabalho qualificado. Desta forma, após o modesto desempenho em 2007, espera-se, à semelhança da tendência já verificada a partir da segunda metade de 2007, uma aceleração do emprego no período de projecção e uma redução da taxa de desemprego para 7,6% em 2008 e 7,4% em 2009.
O prolongamento da tendência altista dos preços das matérias-primas energéticas e dos produtos alimentares, ao longo do 1.º trimestre do corrente ano, conduziu a uma revisão em alta da inflação em 2008 para 2,6% (2,1% no PEC), 0,6 p.p. abaixo do previsto para a área do euro. Com efeito, desde Setembro de 2007, tem-se observado que os efeitos da aceleração dos preços dos bens energéticos e dos produtos alimentares não transformados têm sido, em Portugal, menores do que na área do euro, traduzindo-se num diferencial negativo médio de cerca de 0,3 p.p. entre Setembro do ano passado e Março de 2008. Em termos intra-anuais, espera-se uma aceleração dos preços na primeira metade do ano, tendência que se deverá inverter no segundo semestre, devido ao efeito de base. Devem ainda ser considerados outros factores que deverão ter um efeito moderador na evolução dos preços: a redução da taxa normal do IVA em 1 p.p a partir de Julho; a dissipação dos efeitos das medidas implementadas em meados de 2007 na área da saúde, designadamente as alterações introduzidas nas taxas moderadoras e no cálculo da comparticipação dos medicamentos; o bom ano agrícola que se perspectiva para Portugal; e o abrandamento da procura mundial que deverá aliviar a pressão sobre o preço do petróleo.