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117 | II Série A - Número: 130 | 29 de Abril de 2011

— Torna-se assim premente combater as formas tendencialmente isoladas que a União Europeia e os seus Estados-membros têm adoptado para gerir, separada e por vezes desarticuladamente, as diferentes etapas e subetapas ligadas, por um lado à I&D, e, por outro, à inovação. São neste Livro Verde enunciadas algumas questões que são efectivamente vitais no que diz respeito a uma melhor articulação de esforços, gestão integrada de iniciativas e meios disponibilizados, por via de um verdadeiro Quadro Estratégico Comum de Financiamento da Investigação e Inovação, que tanto tem faltado, capaz de proporcionar uma efectiva abordagem integrada a toda a cadeia da criação de valor baseado em conhecimento; — As PME possuem um tremendo potencial de contribuição para a inovação, em particular naquilo que se prende com a criação e desenvolvimento das empresas do tipo «gazela», com elevadas taxas de crescimento, assente em empreendedorismo de base tecnológica, mas no contexto da União Europeia tal potencial encontra-se ainda muito distante de se encontrar devidamente aproveitado, sendo crucial reforçar a intervenção das PME na criação de novos produtos e serviços, internacionalização, envolvimento activo e adequado em actividades de IDI; — Num momento em que se discutem e tomam decisões centrais no que concerne ao Próximo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia (a ser apresentado em Junho e aprovado até ao final de 2011), bem como aos Planos Nacionais de Reformas dos diferentes Estados-membros (a ultimar até ao mês de Abril), importa que a pertinência destes temas seja tida em devida conta, traduzindo-se numa subsequente afectação adequada de recursos que possam conduzir, no modo como são aplicados, aos resultados que efectivamente se pretende ver alcançados nesta área, determinante para o futuro da União Europeia.

No caso nacional, as questões suscitadas pelo Livro Verde conhecem redobrada pertinência, pelo que seria desejável que ele suscitasse um amplo debate interno, conducente a decisões centradas na remoção de evidentes fragilidades de Portugal nalguns dos aspectos por ele cobertos, nomeadamente tendo em atenção as seguintes realidades específicas:

— Apesar do progressos registados pelo nosso país, os valores do Innovation Union Scoreboard 2010 – The Innovation Union´s performance scoreboard for Research and Innovation, conforme a seguir ilustrado, evidenciam um posicionamento que se situa na «terceira divisão» do «Campeonato Europeu da Inovação», ainda que na liderança da mesma, e uma posição relativa bastante frágil no que diz respeito a dimensões mais específicas, centradas na capacidade efectiva de conversão do conhecimento em novas realidades económicas, oportunidades de negócio, produtos, serviços ou entradas em novos mercados, conforme evidenciado pelos valores «deprimentes» de crescimento económico que caracterizam a primeira década do século XXI em Portugal:

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