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102 | II Série A - Número: 210S1 | 13 de Julho de 2012

efeitos do terramoto de março de 2011) e um crescimento mais moderado da UE, com evoluções muito distintas entre os EM, apresentando-se mais forte na Alemanha, Suécia e Polónia, mais modesto no Reino Unido e em França e mais fraco na Itália e em Espanha. As economias emergentes também desaceleraram, apesar dos países asiáticos, particularmente a China e a Índia, terem continuado a registar um elevado dinamismo.
Na segunda metade de 2011 o nível de incerteza do enquadramento internacional tornou-se particularmente elevado agravado pelo acentuar da crise das dívidas soberanas em alguns países periféricos da área do euro (tendo ocorrido, em maio de 2011, o pedido de assistência económica e financeira internacional por parte do governo português), tendo aumentado na parte deste período os riscos de contágio para os restantes países da área do euro (nomeadamente Itália e Espanha) que se refletiram na forte instabilidade dos mercados financeiros internacionais e na diminuição da confiança dos agentes económicos. Por este facto, os riscos relacionados com os mercados de dívida soberana mantiveram-se elevados em alguns EM, originando um aumento do diferencial de rendibilidade entre as taxas de juro de longo prazo desses países e as da Alemanha.
A economia da UE, e em particular da área do euro, abrandou ligeiramente, tendo o PIB registado um crescimento de 1,8% em termos médios homólogos reais no conjunto dos três primeiros trimestres de 2011 (1,9% no conjunto do ano de 2010). As componentes do PIB que mais contribuíram para o menor crescimento da área do euro foram as exportações e o consumo privado, as quais foram influenciadas pelo abrandamento do crescimento económico mundial e pelo impacto das medidas de contenção orçamental e de subida dos preços no rendimento das famílias em conjugação com as vulnerabilidades do setor financeiro colocando fortes restrições na concessão do crédito.
Pelo contrário, assistiu-se a uma recuperação do investimento da área do euro, o qual aumentou 2,3% nos três primeiros trimestres de 2011, invertendo a tendência negativa registada nos 3 anos precedentes.
Associado ao fraco crescimento económico, o mercado de trabalho manteve-se anémico na área do euro, tendo evidenciado um ligeiro agravamento, traduzido pela subida da taxa de desemprego de 10%, em dezembro de 2010, para 10,3%, em novembro de 2011. A taxa de inflação média anual da área do euro aumentou para 2,7% em 2011 (1,6% em 2010), refletindo a aceleração dos preços dos produtos energéticos e alimentares. Adicionalmente, o esforço exigido por alguns países da área do euro na consolidação orçamental levou ao aumento dos impostos indiretos e à aceleração dos preços administrados, fatores que também contribuíram para a subida da taxa de inflação nesta região.
Situação portuguesa O ano de 2011 fica marcado pelo pedido de ajuda financeira acompanhado do respetivo programa de ajustamento negociado entre a República Portuguesa e a Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
Como facilmente se compreende, as medidas de consolidação orçamental que já vinham sendo aplicadas e as implementadas na sequência do plano de ajustamento, conjugadas com as dificuldades de financiamento verificadas na nossa economia, tiveram um impacto recessivo na economia.

QUADRO Taxa de crescimento homólogo real (%) PIB -3,0 1,4 -4,1 -3,5 -2,5 -1,5 1,7 1,6 1,3 1,0 -0,5 -1,0 -1,7 Procura Interna -3,3 0,8 -4,1 -4,3 -2,7 -2,2 1,3 2,3 -0,7 0,2 -3,2 -5,1 -4,6 Consumo Privado -2,3 2,1 -3,1 -2,9 -2,5 -0,8 2,4 3,1 1,8 1,2 -2,3 -3,3 -3,3 Consumo Público 4,7 0,9 5,4 4,7 5,3 3,6 0,5 4,0 -2,7 1,7 -3,3 -3,7 -0,4 Investimento (FBCF) -8,6 -4,1 -10,5 -9,2 -5,6 -9,1 -1,3 -4,5 -6,9 -3,7 -7,0 -10,5 -12,0 Exportações -10,9 8,8 -18,7 -14,6 -9,0 -0,4 9,6 9,6 8,4 7,6 8,3 8,7 6,5 Importações -10,0 5,4 -15,6 -13,9 -7,8 -2,4 6,8 9,8 1,3 4,1 -1,1 -4,6 -2,8 Contributos para o crescimento do PIB (pontos percentuais) Procura Interna -3,6 0,9 -4,5 -4,7 -3,0 -2,4 1,4 2,4 -0,8 0,3 -3,4 -5,4 -4,9 Exportações Líquidas 0,6 0,5 0,3 1,0 0,4 0,8 0,2 -0,8 2,0 0,7 2,9 4,5 3,2 Fon te : INE Ͳ Con tas trimestrais 3.º trimestre de 2011

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