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9 | II Série A - Número: 125S1 | 4 de Junho de 2014

O abrandamento da economia mundial em 2012, em particular na zona euro, acentuou o impacto recessivo da atividade económica em Portugal, traduzindo-se num menor contributo da procura externa líquida no PIB, como veremos mais à frente.
Em Portugal a recessão económica agudizou-se no ano de 2012, ao apresentar um crescimento negativo do PIB pelo segundo ano consecutivo, realidade que aconteceu pela primeira vez desde 1960 (ano a partir do qual existem dados disponíveis). Em termos reais registou-se uma quebra de 3,2 % do PIB (face a 2,8% previstos no OE 2012 inicial), correspondendo a uma recessão económica que representou mais do dobro da retração registada em 2011 (-1,3%).
No ano de 2012 a recessão económica em Portugal foi quase cinco vezes superior à recessão verificada na zona euro (-0,7%) e oito vezes superior à recessão da União Europeia (- 0,4%). Comparativamente com os restantes países da UE, Portugal registou a 2ª recessão mais profunda (a seguir à da Grécia). O impacto recessivo das medidas de correção dos desequilíbrios macroeconómicos previstas no âmbito do PAEF, designadamente nos níveis de despesa dos setores público e privado, resultou numa queda da procura interna de 6,6 %, associada sobretudo às quebras do consumo privado (-5,3%) e do investimento (-14,4%), bastante superior aos 5,1 % e 10,5% registados, respetivamente, em 2011. Este efeito de contração na procura interna foi contudo ligeiramente atenuado pela sobrestimação da queda do consumo público.

As exportações, por seu lado, registaram uma evolução positiva de 3,2%, (bens: 4,1%; serviços: 0,7%), embora em forte desaceleração face aos crescimentos verificados nos anos anteriores, correspondentes a 6,9% em 2011 e 10,2% em 2010. Da conjugação das exportações com as importações, com esta última a cair 6,6%, observou-se uma contribuição positiva da procura externa líquida para o crescimento do PIB, ainda que em menor intensidade que em 2011.

ta x a d e cr e s ci m e n to h o m ó l o g o r e a l ( % )
P I B 1 , 9 -1 , 3 -3 , 2
C ons um o P r i v a do 2 , 5 -3 , 3 -5 , 3
C ons um o P úbl i c o 0 , 1 -5 -4 , 7
FB C F -3 , 1 -1 0 , 5 -1 4 , 4
P r oc ur a I nt e r na 1 , 8 -5 , 1 -6 , 6
E xpor t a ç õe s 1 0 , 2 6 , 9 3 , 2
B e n s 1 1 , 3 7 , 1 4 , 1
Se r v i ç o s 7 , 5 6 , 4 0 , 7
I m por t a ç õe s 8 , 0 -5 , 3 -6 , 6
B e n s 8 , 6 -6 , 3 0 , 7
Se r v i ç o s 4 , 7 0 , 7 -7 , 7
E m pr e g o 1 , 5 -1 , 5 -4 , 2
T a xa de D e s e m pr e g o 1 0 , 8 1 2 , 7 1 5 , 7
S a l do da B a l a nc a c or r e nt e e de c a pi t a l ( % do P I B ) -9 , 4 -5 , 8 0 , 8
F o n te : IN E ( C o n ta s N a ci o n a i s T r i m e s tr a i s ) ; B d P
P I B e P r i n c i p a i s C o mp o n en t es : 2 0 1 0 , 2 0 1 1 e 2 0 1 2
2010 2011 2012


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