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23 DE MARÇO DE 2016 15_____________________________________________________________________________________________________________

Num espaço económico aberto ao mundo, como é hoje o europeu, o sucesso da

sociedade portuguesa tem que passar por um crescimento sustentado no aumento das

qualificações. Esta aposta permitirá que Portugal deixe de ser o país da UE com uma

maior proporção de indivíduos entre os 10% com menores rendimento salariais. Apenas

a educação e a criação de emprego permitirão ultrapassar situações como esta.

Os últimos 10 anos expuseram a desadequação das instituições portuguesas às

perturbações a que a economia foi sujeita. Por um lado, a globalização, que pode ser

entendida como uma alteração da distribuição internacional da produção, para a qual

Portugal não estava preparado, nomeadamente em termos de formação da força de

trabalho, mostraram as debilidades do modelo de crescimento seguido. Por outro lado, a

entrada no euro decorreu num quadro institucional que não facilitou uma adequada

afetação dos recursos e talentos nacionais aos seus fins mais produtivos. A

modernização que se verificou no tecido produtivo e no padrão de especialização foi

claramente insuficiente face aos desafios externos colocados à economia portuguesa.

A baixa das taxas de juro e a falta de enquadramento institucional adequado induziu

uma excessiva concentração de investimento em sectores de bens não-transacionáveis.

A redução dos custos de financiamento não promoveu um crescimento saudável de

empresas competitivas a nível internacional e, pelo contrário, favoreceu estratégias de

descapitalização, de tal forma que o sector empresarial não-financeiro se encontra

fortemente debilitado, com elevados níveis de endividamento e uma dimensão média

das empresas inferior à da generalidade dos países da UE.

Tendo por base este quadro geral descrevem-se em seguida as principais linhas de força

da evolução verificada nos últimos anos.

Desempenho macroeconómico

A economia portuguesa registou nos últimos anos uma evolução macroeconómica

claramente negativa.