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23 DE MARÇO DE 2016 25_____________________________________________________________________________________________________________

Esta redução é particularmente centrada nos indivíduos com idades compreendidas entre

os 20 e os 35 anos, o que levanta fortes restrições ao potencial de crescimento da

economia portuguesa.

Os indicadores associados aos domínios trabalho, remuneração e vulnerabilidade

económica registam uma deterioração do bem-estar da população, em particular após

2012. São as condições materiais de vida que se revelam como mais determinantes para

a deterioração do bem-estar, uma vez que as dimensões associadas à qualidade de vida

mantêm alguma tendência crescente, embora bastante atenuada após 2011.

Os últimos anos testemunharam também uma reversão na redução das desigualdades e

da pobreza que se vinha verificando em Portugal, com um aumento da exclusão social e

do risco de pobreza, principalmente nas crianças e nos jovens.

Os dados mais recentes sobre a pobreza revelam um significativo agravamento destes

indicadores. Em 2014, 19,5% das pessoas estavam em risco de pobreza, um

agravamento de mais de 1,4 p.p. face a 2010. O aumento do risco de pobreza foi

transversal aos vários grupos mas foi mais intenso no grupo dos menores de 18 anos,

que registaram um aumento da incidência da pobreza de mais 2,5 p.p. A evolução deste

indicador seria ainda mais grave caso se utilizasse um limiar de pobreza fixo, como por

exemplo uma linha de pobreza ancorada em 2009, caso em que se verificaria um

aumento da proporção de pessoas em risco de pobreza ao longo dos cinco anos em

análise, entre 17,9% em 2009 e 24,2% em 2014. Para além do agravamento da

incidência da pobreza, registou-se igualmente um aumento da intensidade da pobreza,

aumentando em 6 p.p. (face a 2010) a insuficiência de recursos da população em risco

de pobreza, para níveis em torno dos 29,0% em 2014.

Os indicadores de desigualdade da distribuição de rendimentos registaram também um

agravamento significativo. O grupo dos 10% de pessoas com maior rendimento tinha

em 2014 um rendimento 10,6 vezes superior aos 10% com menor rendimento. Essa

relação era de 9,4 em 2010.