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II SÉRIE-A — NÚMERO 61 26_____________________________________________________________________________________________________________

Os indicadores de privação também conheceram uma deterioração significativa,

registando-se, em 2015, que 9,6% da população vivia em privação material severa, não

tendo acesso a um número significativo de itens relacionados com as necessidades

económicas e de bens duráveis das famílias. Este indicador apresentava um valor de

8,3% em 2011, o que revela um aumento de 1,3 p.p. das famílias com privação severa.

A pobreza entre os mais jovens teve um crescimento muito acentuado. Hoje mais de

30% das crianças estão em situação de risco de pobreza ou de exclusão social, o que

significa que só com políticas sociais podemos garantir que vão ter igualdade de

oportunidades. Num contexto de envelhecimento e saída de população, o país tem de

garantir que conseguirá aproveitar o máximo potencial de todos, não deixando

desperdiçar o contributo de tantos por lhes negar oportunidades. As políticas sociais de

apoio aos mais pobres e de garantia de acesso à saúde e a um ensino de qualidade são

determinantes para o contributo que esta geração pode dar para a economia portuguesa.

Estas necessidades contrastam com o recuo generalizado das políticas sociais que se

verificou, com um agravamento nas condições de acesso às prestações sociais não

contributivas, tendo sido dificultado, deste modo, o acesso àquelas que são as principais

prestações sociais de combate à pobreza. Esta realidade está bem expressa na redução

dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) para menos 115.000 (cerca

de 35%), precisamente num período em que a medida mais seria necessária. Quanto à

proteção aos mais novos, mais de 23.000 crianças e jovens perderam o abono de

família, enquanto no apoio aos idosos mais pobres, deixou de ser atribuído o

Complemento Solidário para Idosos (CSI) a mais de 62.500 beneficiários (menos

26,5%).