O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

23 DE MARÇO DE 2016 21_____________________________________________________________________________________________________________

O ensino secundário é claramente o nível de ensino que mais adultos (entre os 25 e os 64 anos) atingem ao nível da OCDE. Em média 24% dos indivíduos neste grupo etário

têm uma educação abaixo do ensino secundário, 44% concluem este nível de ensino e

33% o ensino superior. Nos 21 países da UE que pertencem à OCDE os números são

muito semelhantes. Portugal contrasta de forma preocupante com estes valores.

No que diz respeito ao ensino superior, houve uma evolução muito positiva nas últimas

duas décadas, com um forte aumento do número e da percentagem de licenciados entre

os jovens e uma evolução muito importante na produção científica. No entanto, nos

últimos quatro anos houve uma retração do número de matriculados pela primeira vez

no ensino superior, um aumento do abandono escolar por motivos económicos e uma

redução muito acentuada do apoio à formação avançada.

Para além da qualificação dos mais jovens há um claro problema com a qualificação dos

adultos. As baixas percentagens registadas em Portugal afetam de forma gritante a

literacia dos indivíduos, condicionando a capacidade de integração no mercado de

trabalho e contribuindo para o desemprego dos mais velhos e de longa duração.

Mostrando a relevância do número de anos de educação, as taxas de desemprego

registam importantes diferenças por nível de educação. Em 2015 registou-se em

Portugal uma taxa de desemprego de 12.3%. Esta taxa é superior quando consideramos

indivíduos com escolaridade igual ou inferior ao 3.º ciclo, mas inferior para indivíduos

com o ensino superior. Também os ganhos médios por nível de instrução são bastante

reveladores. O salário de um trabalhador que não tenha completado o ensino secundário

é apenas 68% da média salarial dos trabalhadores com educação secundária. Já um

trabalhador com ensino superior ganha mais 73%.