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23 DE MARÇO DE 2016 23_____________________________________________________________________________________________________________

Mercado de trabalho

No mercado de trabalho, verificou-se uma forte quebra do emprego entre 2011 e 2013,

assistindo-se uma ligeira recuperação no período mais recente se bem que insuficiente

para anular a queda anterior. Para ter a noção da magnitude da destruição de emprego

registada, o nível de emprego na economia portuguesa estava no final de 2015 próximo

dos 4,5 milhões de pessoas, o valor mais baixo registado desde 1996.

O desemprego subiu de forma muito acentuada, registando-se nalguns trimestres de

2013 um número de desempregados acima de 900 mil e taxas superiores a 17%. Apesar

de alguma melhoria no período mais recente, manteve-se em níveis relativamente

elevados.

O desemprego é particularmente elevado entre os jovens. Mantêm taxas de desemprego

superiores a 30%, com quase 2/3 dos desempregados a estarem nessa situação há mais

de um ano e cerca de 50% desempregados há mais de dois anos. Merece ainda destaque

o facto de menos de 1/3 dos desempregados ter acesso a subsídio de desemprego.

A população ativa tem registado uma significativa redução, existindo em 2015 menos

cerca de 300 mil ativos em Portugal do que existiam em 2010. Esta redução fez-se sentir

somente nos escalões dos 15 aos 24 anos e dos 25 aos 34 anos, ou seja, afetando

fundamentalmente os jovens, estando associada à emigração e condicionando de forma

significativa o crescimento potencial da economia.

A dinâmica do emprego e do desemprego, ao longo de 2015, levou à manutenção da

queda da população ativa, que no terceiro trimestre de 2015 voltou a cair 1,1% em

termos homólogos.

Caracterizando a dinâmica recente do mercado de trabalho, o aumento do desemprego e

diminuição do emprego estiveram mais associados a uma diminuição da criação de

postos de trabalho e das contratações do que a um aumento da destruição dos postos de

trabalho. Esta dinâmica é sintomática da elevada incerteza e expetativas negativas

relativamente à evolução da economia que condicionam de forma significativa as

decisões de contratação e de investimento.