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II SÉRIE-A — NÚMERO 61 22_____________________________________________________________________________________________________________

Nos últimos quatro anos reverteu-se a aposta no investimento no reforço do capital humano português que estava a ser desenvolvida consistentemente por sucessivos

Governos e pelo esforço das famílias portuguesas. Ao mesmo tempo perdeu-se capital

humano com uma forte saída de trabalhadores para o estrangeiro e com a generalização

de práticas de entrada intermitente dos jovens no mercado de trabalho que geram

desmotivação e perda de capacidades produtivas. Adicionalmente, o desemprego de

longa duração retirou precocemente do mercado de trabalho tantos trabalhadores cuja

experiência era o ativo mais importante que tinham.

No que respeita ao investimento, os últimos anos testemunharam uma redução

significativa das despesas de capital na economia portuguesa. Em termos nominais, o

investimento total na economia estava em 2014 mais de 30% abaixo do valor de 2010 e

o investimento das empresas reduziu-se cerca de 13% no mesmo período. O nível de

investimento atual está abaixo do limiar da amortização, o que significa que se está a

assistir a uma redução do stock de capital existente na economia com efeitos no produto

potencial. A taxa de investimento da economia portuguesa é hoje claramente inferior à

da média da UE, o que acontece também no que respeita à taxa de investimento das

empresas.

Os níveis de investimento em investigação e desenvolvimento (I&D) em percentagem

do PIB depois de atingirem um máximo em 2009 têm registado uma redução nos

últimos anos. Não obstante mais de 50% das empresas portuguesas referirem a

realização de atividades de inovação no período de 2010 a 2012, o valor da despesa de

I&D tem vindo a reduzir-se a um ritmo superior ao da queda do PIB, e muito mais

acentuado do que o da redução da despesa pública. O Estado reduziu a despesa na área

da ciência e ensino superior, e os privados retraíram também o investimento nesta área.