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II SÉRIE-A — NÚMERO 61 28_____________________________________________________________________________________________________________

A atual estimativa para o PIB, em volume, para 2015 representa uma revisão em baixa

face ao apresentado em abril no âmbito do Programa de Estabilidade (PE) para o

horizonte 2015-2019, resultando de alterações de composição do contributo da procura

interna (2,2 p.p. e 1,6 p.p., respetivamente) e da procura externa líquida (-0,7 p.p. e 0,1

p.p., respetivamente). Para a evolução mais favorável da procura global concorreram

todas as componentes, com destaque para as exportações (+0,3 p.p.) e consumo privado

(+0,7 p.p.), facto que, juntamente com as alterações registadas nos termos de troca, se

reflete num crescimento superior das importações face ao cenário inicial (+2,3 p.p.).

Assim, a economia portuguesa deverá apresentar uma capacidade líquida de

financiamento face ao exterior equivalente a 2,0% do PIB, registando a balança corrente

um saldo positivo de 0,6% do PIB. Destaque-se, ainda, a revisão em alta do deflator do

PIB, cujo crescimento médio homólogo deverá ser de 1,9% (1,3% no PE).

Para 2016, prevê-se um crescimento do PIB de 1,8%, reflexo da manutenção de um

contributo positivo da procura interna, conjugado com um contributo menos negativo da

procura externa líquida. No respeitante à procura externa, antecipa-se uma

desaceleração das exportações, não obstante uma ligeira aceleração da procura externa

relevante, bem como uma moderação das importações em volume, explicado

essencialmente por um menor diferencial entre o deflator das exportações e das

importações.

A dinâmica da procura interna vem materializar a normalização da atividade económica.

Por um lado, a evolução do consumo privado está em linha com o esperado para as

remunerações e rendimento disponível, não se perspetivando impactos relevantes na

taxa de poupança nem no atual ritmo de redução do endividamento, dado o efeito

rendimento positivo de um conjunto de medidas incorporadas neste cenário. Por outro,

o aumento do investimento, principalmente empresarial e na sua componente de

máquinas e equipamentos, traduz a necessidade de aumentar a utilização da capacidade

produtiva, e a sua atualização. Este facto é consonante com o crescimento esperado no

emprego, com o aumento da procura global e com a progressiva normalização das

condições de financiamento, apesar da necessidade de correção dos níveis de

endividamento.