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II SÉRIE-A — NÚMERO 61 30_____________________________________________________________________________________________________________

A taxa de desemprego deverá situar-se em 11,3% (-1 p.p. face ao esperado para 2015 e -

2,6 p.p. face a 2014). A redução do desemprego deverá ser acompanhada por um

aumento da produtividade aparente do trabalho e por um crescimento do emprego

ligeiramente inferior ao registado em 2015 em resultado do desfasamento típico face à

atividade económica e pela aproximação ao desemprego estrutural. Espera-se, ainda,

que a distribuição sectorial do emprego continue a refletir a reafectação de recursos da

estrutura produtiva dos sectores de bens não transacionáveis para os sectores de bens

transacionáveis.

O consumo público deverá estabilizar no próximo ano, como resultado da continuação

do processo de ajustamento da despesa pública. As alterações de política salarial

deverão traduzir-se num impacto positivo no deflator.

A inflação medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC) deverá atingir os 1,2%

em 2016 (0,5% em 2015), num contexto de equilíbrio de tensões – quer inflacionistas,

quer deflacionistas – nos mercados internacionais de commodities. Esta subida da

inflação em cerca de 0,7 p.p. face a 2015 traduzirá uma maior pressão ascendente sobre

os preços. Para tal contribui a melhoria da procura interna e uma redução do hiato do

produto, a aceleração das remunerações por trabalhador associado ao aumento do

salário mínimo e à reposição dos cortes salariais na Administração Pública, bem como o

efeito da desvalorização cambial do euro. O diferencial face à evolução dos preços no

conjunto da área do euro deverá tornar-se positivo (+0,7 p.p.).