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II SÉRIE-A — NÚMERO 80

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operadores e empresas de outros países que, até agora, valorizaram a presença na Europa com uma

localização no RU e pretendam manter a sua presença na UE.

– A ação política, diplomática e económica afirmativa que reforce a imagem e visibilidade de Portugal no

Reino Unido e que permita o aprofundamento da relação especial, tanto política como económica, será

determinante neste domínio.

– O desenvolvimento planeado e eficaz de campanhas de informação, promoção e valorização de Portugal

e dos seus produtos (bens e serviços, soluções e experiências, territórios e formas de vida) no Reino Unido

podem potenciar em termos transversais estas oportunidades.

2 – Recomendação de proatividade na aproximação de Portugal à matriz anglo-saxónica de estratégia e

prática empresarial

– As recomendações associadas aos resultados do estudo sugerem, em segundo lugar, um esforço

igualmente pró-ativo de aproximação, no quadro de autonomia nacional existente e no contexto de plena

adoção das regras comunitárias, aos trunfos de afirmação económica institucional internacional do Reino

Unido, nomeadamente a elementos da matriz anglo-saxónica em matérias como a defesa da propriedade

intelectual e a adoção de formas e mecanismos de regulação e regulamentação portadores de elevados níveis

de confiança na iniciativa empresarial. Potenciar esta evolução, de aproximação a elementos relevantes da

envolvente empresarial no mundo dos negócios de matriz anglo-saxónica, poderá contribuir para tornar

Portugal um destino atrativo para o investimento de entidades localizadas no RU.

– A assunção ao nível das estratégias e práticas empresariais de ações de reforço do posicionamento junto

de parceiros britânicos assume, neste domínio, muita relevância. A realização de missões e a preparação de

potenciais parcerias podem reforçar os laços entre o tecido produtivo português e britânico contribuindo por

essa via para a afirmação das empresas portuguesas naquele mercado num contexto em que a turbulência

associada ao Brexit gerará ajustamentos ao status quo que podem ser exploradas.

– Os impactos potenciais estimados ao nível dos produtos indicam que atividades como as alimentares e

as químicas ou farmacêuticas comportam produtos em que parecem existir oportunidades efetivas de Portugal

substituir outros países enquanto fornecedor do Reino Unido que, exploradas com sucesso, podem permitir

uma difusão transversal das experiências. A afirmação de Portugal enquanto destino de investimento,

podendo esta oportunidade ser transversal, coloca-se com particular acuidade no domínio dos serviços às

empresas e dos serviços financeiros.

3 – Recomendação de valorização estratégica de objetivos de diversificação do relacionamento económico

de Portugal

– As recomendações associadas aos resultados do estudo sugerem, em terceiro lugar, a necessidade de

recrudescimento dos esforços de desconcentração e diversificação do relacionamento económico de Portugal

e da especialização geográfica da economia portuguesa não apenas pelo valor estratégico que comportam,

mas também, pela importância que podem assumir como elementos mitigadores dos efeitos negativos mais

substanciais ou suscetíveis de uma compensação menos significativa.

– As lógicas de mitigação de riscos e de exploração de oportunidades justificam, assim, o desenvolvimento

de ações que contribuam para diversificar os mercados de setores hoje muito expostos ao Reino Unido ou

para explorar a oportunidade de substituir o Reino Unido enquanto fornecedor noutros países da UE 26. No

que respeita à primeira dimensão, a análise identificou os 16 produtos e os serviços com maior grau de

exposição ao Reino Unido. No que respeita à segunda dimensão, os veículos automóveis, os produtos

químicos, os produtos farmacêuticos, a produção agrícola e animal e os produtos alimentares são produtos em

que as oportunidades referidas parecem existir, podendo justificar uma particular atenção.

4 – Recomendação de abordagem atenta às assimetrias dos impactos do Brexit