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II SÉRIE-A — NÚMERO 28

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b) Economia portuguesa: Evolução recente e perspetivas para 2021

O ano de 2021 vislumbra-se fortemente impactado pela ocorrência pandémica de 2020, geradora de um

choque económico abrupto e severo, com efeitos simétricos em todos os países em termos de sinal, mas

assimétrico no que respeita à dimensão do impacto.

Cenário de crise global

De acordo com a OCDE, o PIB mundial deve reduzir-se em cerca de 4,5% em 2020, após um ciclo de uma

década de crescimento.

A crise pandémica originou uma disrupção na economia mundial, com efeitos interligados que se

amplificaram, quer do lado da oferta, quer do lado da procura.

Com o fim do confinamento, a par da reabertura das economias após a primeira vaga pandémica, as

instituições internacionais (OCDE e BCE) apresentam estimativas em alta para as previsões para a variação do

PIB em 2020, devendo a recessão ser ligeiramente menos profunda que o estimando no início do verão.

Mas a incerteza mantém-se no horizonte, com a possibilidade de uma segunda vaga impactante que origine

novas medidas de confinamento ou restrição na atividade económica.

Um dos efeitos resultantes da diminuição da atividade económica mundial prende-se com o aumento da taxa

de desemprego, ainda que os muitos países tenham adotado medidas significativas para conter este fenómeno.

Nos EUA, por exemplo, a taxa de desemprego subiu de 3,5% no final de 2019 para 8,4% em agosto de 2020.

Na área do euro o PIB recuou 9% em termos homólogos reais no primeiro semestre de 2020, devido à quebra

da procura interna e das exportações.