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29 DE OUTUBRO DE 2020

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Assim, em 2020 o PIB da área do euro deverá recuar em cerca de 8%, depois do crescimento verificado

entre 2014 e 2019.

Por causa da redução da atividade económica e do recurso a financiamento, o endividamento das empresas

deverá aumentar em 2020 de modo expressivo. Simultaneamente, as interrupções das cadeias de oferta de

abastecimento da indústria nos setores automóvel, da química e maquinaria, a par da redução da procura,

deverão culminar com a redução das exportações da área do euro em 2020. Acresce a apreciação do euro face

ao dólar, que contribui para uma menor competitividade das exportações europeias.

A inflação deverá desacelerar em 2020 para o conjunto das economias avançadas, devendo situar-se, na

área do euro, em torno de 0,3%, de acordo com o BCE. Este valor é explicado por vários motivos, como a quebra

da procura, a política fiscal na Alemanha, a descida do preço do petróleo, entre outros. Note-se, contudo, o

aumento inverso dos preços dos produtos alimentares não transformados.

Em 2020, os diferentes países tiveram de dar resposta ao reforço dos sistemas de saúde, mas, também, à

necessidade de salvaguardar o tecido social e económico, pelo que apostaram em políticas orçamentais

adequadas ao momento, que implicaram a criação de apoios do lado da procura e da oferta. A consequência

imediata foi o aumento do endividamento público.

Já do lado da política monetária, as intervenções realizadas visaram garantir liquidez ao sistema bancário e

a manutenção do fluxo de crédito à economia real e o financiamento à economia. Realça-se o caso das

intervenções não convencionais do BCE, que foram neste âmbito reforçadas em termos de valores.