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São, todavia, muitos os que recusam a ideia de uma cisão entre a EP e a REFER, porque

dizem não existirem quaisquer vantagens nessa reversão. Aliás, ao acontecer, não

poderia ser através da reversão, mas sim, através de uma nova cisão, à imagem de

tantos outros casos registados no mundo empresarial.

Entendem, ainda, que esta é a oportunidade histórica para que toda a mobilidade

terrestre seja tratada de uma forma inteligentemente conjugada, que permita assegurar

um crescimento do tráfego ferroviário, preservando e conservando a qualidade do setor

rodoviário e criando condições para que tudo seja feito com meios que não onerem o

Orçamento do Estado e os contribuintes.

Esses objetivos mantêm-se e fazem parte do projeto da administração em vigor.

A fusão, já em adiantado estado da sua implementação, criou vínculos cuja

reversibilidade não seria portadora de vantagens, nem na perspetiva do valor da própria

marca, já consagrada, nem na perspetiva dos financiamentos e das emissões

obrigacionistas.

Muitas foram as etapas percorridas e consumadas.

• Uma boa parte do património foi alienada, arrendada ou concessionada.

• Os trabalhadores que viram, indefesos, a sua vida dar um tombo,

reencontraram, novamente, a sua estabilidade.

• A empresa ganhou espaço nos mercados.

Não só não ganharia nada como perderia pelo facto de se ter dado lugar a uma das

maiores operações de ativos realizadas em Portugal.

A I.P. é uma das empresas que têm mais importância na gestão do espaço geográfico

português relativo ao transporte das mercadorias que saem de Portugal - o designado

interland - e nas mudanças na mobilidade modal, entre ferrovia, rodovia, modo

marítimo e modo aéreo.

A abertura do capital a privados, que em nada colhe o apoio do Grupo proponente da

reversão, também tem sido indicada como solução de sucesso.

Esta ideia muito antiga recuperaria o conceito das empresas de capital misto em

atividades muito específicas, onde, continuando sob o controlo do Estado, viria o capital

privado para dar um cunho autónomo à gestão e captar mais capital e maior capacidade

de investimento.

A prioridade no Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas - PETI - consiste na

arquitetura de uma linha para mercadorias, o que em nada afasta a possibilidade de ter

uma utilização mista.

II SÉRIE-A — NÚMERO 141______________________________________________________________________________________________________

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