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II SÉRIE-A — NÚMERO 152

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discriminada por áreas de governação remetendo-a à Comissão Parlamentar competente em razão da matéria.

PARTE II – Considerandos

1. Contexto macroeconómico

O relatório da Conta Geral do Estado referente ao ano de 2019 apresenta uma análise do contexto

macroeconómico global que serve de enquadramento à avaliação do desempenho da execução orçamental do

Estado em 2019.

Salienta-se que o presente parecer, não sendo exaustivo nem pretendendo ser uma reprodução exata do

documento em análise, tenta focar-se nos principais indicadores apresentados, reproduzindo, quando oportuno,

os quadros constantes do relatório.

Refere o documento em análise que a atividade económica e o comércio mundiais desaceleraram para 2,9%

e 0,9%, respetivamente (3,6% e 3,8%, em 2017), refletindo sobretudo o contributo do abrandamento do

crescimento dos países emergentes e em desenvolvimento, tendo resultado de um contexto marcado por:

(i) Persistentes tensões comerciais entre os EUA e a China;

(ii) Intensificação de conflitos geopolíticos;

(iii) Alguma instabilidade política em países europeus;

(iv) Choques idiossincráticos, nomeadamente associados a desastres naturais.

O quadro que segue retrata a evolução dos principais indicadores da economia internacional no período em

análise:

Assinala o relatório que no contexto europeu, e na economia da área do euro, o PIB desacelerou para 1,2%

em 2019 (1,9% em 2018), apontando como causa sobretudo ao arrefecimento económico nos mercados

internacionais, particularmente acentuado no primeiro semestre, e às dificuldades da indústria transformadora.

A procura interna continuou a ser o principal fator de crescimento económico, num contexto de condições de

financiamento favoráveis, de aumento do rendimento disponível das famílias e de evolução favorável do

mercado de trabalho, com a taxa de desemprego a reduzir-se para 7,6% para a área do euro (8,2% em 2018).

O enquadramento internacional mais desfavorável refletiu-se num declínio da procura externa, visível na

desaceleração das exportações da área do euro para 2,5% em 2019 (3,3% em 2018).

Já a taxa de inflação desacelerou para 1,2% para o conjunto da área do euro (1,8% em 2018), refletindo a

descida significativa do preço do petróleo nos mercados internacionais. Num cenário de ausência de pressões