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Na verdade, construir um Portugal moderno, inovador e na linha da frente da sociedade da

informação significa, sobretudo, pensar nos cidadãos e capacitá-los. Tal implica um forte

investimento na formação, na educação e na ciência. O caminho é por isso claro: a

competitividade de Portugal passa por apostar nos nossos recursos e no valor acrescentado do

nosso trabalho, qualificando mais os portugueses.

Este investimento deve ser realizado de forma inclusiva, estimulando o acesso ao ensino e à

aprendizagem ao longo da vida e criando condições de acesso, facilitado e gratuito, à Internet

para toda a população. Com este mesmo objetivo, de que ninguém fique para trás, é necessário

proteger aqueles que estão menos capacitados para enfrentar os desafios da transição digital.

Apoiar estas pessoas na necessária atualização de conhecimentos e competências, antecipar as

consequências da progressiva automação e evitar que as plataformas digitais constituam uma

forma de erosão de direitos laborais longamente estabelecidos são condições indispensáveis

para que a referida transição digital seja uma transição justa, socialmente equilibrada e com

direitos.

Deve continuar a ser privilegiada a simplificação administrativa, o reforço e a melhoraria dos

serviços prestados digitalmente pelo Estado, a promoção do seu acesso e usabilidade, a

desmaterialização de ainda mais procedimentos administrativos e a aposta na modernização

administrativa como uma forma de melhor servir o cidadão.

I.II. ECONOMIA 4.0

Nos últimos anos, assumimos a inovação e a digitalização como eixos estratégicos de

transformação do perfil da nossa economia, cientes de que, por essa via, as empresas e as

organizações geram mais valor e criam mais riqueza, ganham vantagens competitivas nos

mercados, tiram partido das qualificações e das competências dos trabalhadores e asseguram

melhores salários. Esta aposta é particularmente relevante para um País que vê na globalização

associada ao digital a oportunidade para reverter a sua posição geográfica periférica, adquirindo

uma nova centralidade e usando o digital como instrumento de coesão territorial, na medida

em que permite esbater assimetrias de desenvolvimento e contrariar a litoralização da nossa

economia.

A inovação é também relevante para explorar a capacidade científica e tecnológica gerada nos

últimos anos em Portugal e para valorizar os recursos humanos altamente qualificados que

fazem desta a geração a mais capaz de sempre.

II SÉRIE-A — NÚMERO 4 _______________________________________________________________________________________________________________

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