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4.º DESAFIO ESTRATÉGICO: SOCIEDADE DIGITAL, DA

CRIATIVIDADE E DA INOVAÇÃO

I. I. O futuro agora: construir uma sociedade digital

Entre 2015 e 2019, Portugal dava mostras de ter conseguido ultrapassar finalmente o triplo

choque competitivo registado no virar do século e que tinha levado a um longo período em que

alternámos os anos de recessão com os anos de estagnação. Pela primeira vez nas últimas duas

décadas, Portugal cresceu acima da União Europeia em 2016, 2017, 2018 e 2019, e com taxas

médias anuais de 3% no período 2017-2019.

Enfrentámos depois a crise pandémica, mas com capacidade para ativar apoios robustos à

economia e ao emprego, mantendo os custos de emissão de dívida pública em mínimos

históricos e sustendo a taxa de desemprego, mesmo no pico da crise, pouco acima dos 8%.

Chegamos a 2021 e 2022 retomando a trajetória de convergência com a União Europeia, com

uma previsão de crescimento de 10,6% no conjunto dos dois anos.

Estamos assim em 2022 numa circunstância em que retomámos o crescimento económico, em

que a taxa de desemprego está já a um nível inferior ao nível em que se encontrava antes da

crise, em que as exportações estão de novo a crescer, em que registámos um novo máximo de

investimento empresarial no ano de 2021, e em que a AICEP encerrou o ano com um novo

máximo histórico de investimento contratado.

O bom desempenho recente dá por isso confiança para esta recuperação. Mostra que não

estamos condenados a divergir e a definhar, mas que podemos assumir, com confiança, a

ambição de concretizar uma década de convergência com a Europa.

Confiança que se justifica também porque o crescimento da economia foi alicerçado no forte

crescimento das empresas mais inovadoras e mais abertas à concorrência internacional. Estas

foram as empresas que acolheram e apoiaram a diversidade, a iniciativa, a inovação e o

progresso. O número de investigadores nas empresas encontra-se acima dos 19 mil, um

aumento de 64% desde 2015. E, em apenas seis anos, a Investigação e Desenvolvimento (I&D)

nas empresas cresceu 45%, refletindo assim o investimento na inovação e na investigação por

parte do tecido empresarial e contribuindo para que a despesa total em I&D tivesse atingido um

máximo histórico de 1,62% do PIB em 2020. Estas foram também as empresas que melhor

conseguiram aproveitar todo o potencial do talento dos portugueses, apostando na retenção e

na qualificação dos seus recursos humanos e na valorização do trabalho.

II SÉRIE-A — NÚMERO 4 _______________________________________________________________________________________________________________

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