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Hoje, estamos na linha da frente de todas as agendas europeias relevantes, do aprofundamento

da União Económica e Monetária ao acolhimento dos refugiados ou da transição energética à

defesa do Estado de Direito, e de todas as agendas multilaterais, dos Objetivos do

Desenvolvimento Sustentável à Agenda do Clima e ao Pacto Global para as Migrações Seguras,

Ordenadas e Regulares. Na nova conjuntura criada pela agressão militar da Rússia contra

Ucrânia, esta participação portuguesa na UE aumenta ainda mais: seja no plano geoestratégico

(designadamente no que toca à implementação da nova Bússola Estratégica para a política

comum de segurança e defesa; seja no plano político-diplomático, com as sanções em curso

contra a Rússia e a procura de criar condições para uma negociação capaz de chegar a uma

solução para o conflito; seja no plano humanitário, acolhendo os refugiados ucranianos; seja no

plano económico, através das medidas indispensáveis para diminuir a dependência energética

da Europa, conter a escalada dos preços e preservar o tecido económico e o emprego.

Ao mesmo tempo, consolidámos e alargámos os eixos estratégicos da política externa

portuguesa. Na Europa, através da capacidade de interlocução com as instituições europeias e

com os Estados-Membros que defendem a integração europeia, assim como com o Reino Unido.

No Atlântico Norte, mercê do empenhamento na NATO (nomeadamente no quadro do reforço

da capacidade de dissuasão e da estrutura de defesa, face à crise de segurança no leste europeu

e à postura hostil e agressiva da Federação Russa) e nas relações bilaterais com os Estados

Unidos e o Canadá. No Atlântico Sul, com a participação na Conferência Ibero-Americana e a

ligação a África. Na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com a conclusão bem-

sucedida do Acordo sobre Mobilidade, os programas de cooperação mantidos com todos os

países africanos de língua portuguesa e com Timor-Leste, e o programa específico de apoio e

doação de vacinas contra a COVID-19. Na ligação às comunidades residentes no estrangeiro,

com a atenção particular às circunstâncias mais difíceis (como a Venezuela ou a África do Sul),

com a extensão do recenseamento automático a todos os portugueses, com o reforço dos laços

com todas as comunidades e suas associações e com o lançamento do Novo Modelo de Gestão

Consular. E na promoção da internacionalização da nossa economia e da nossa língua e cultura.

O Programa do Governo para 2022-2026 carateriza-se, assim, pela continuidade e o

aprofundamento dos eixos e objetivos estratégicos da política europeia e externa.

II SÉRIE-A — NÚMERO 4 _______________________________________________________________________________________________________________

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