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II SÉRIE-A — NÚMERO 21

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6. Por fim, interveio novamente a Sr.ª Deputada Patrícia Gilvaz (IL), agradecendo todas as considerações

feitas pelos Srs. Deputados. Esclareceu que o seu grupo parlamentar considera ser de grande a importância a

digitalização das escolas, porém defendem que o caminho deve ser feito com alguma preparação e com a

garantia de que todos os alunos, em todo o País, têm acesso não só a computadores e equipamentos

informáticos, mas também, como referiu a Sr.ª Deputada Maria José Aguiar (CH), às condições de internet para

conseguirem aceder e realizar estas provas em simultâneo. Assim, não entende o argumento apresentado pelo

Grupo Parlamentar do PSD sobre não ser oportuno aprovar o projeto de resolução uma vez que um dos pontos

contidos no projeto de resolução é precisamente o planeamento e a calendarização dos próximos passos para

a realização das provas digitais. Concluiu, sublinhando que o Grupo Parlamentar da IL não é adverso à

realização das provas digitais, mas sim a que não haja um planeamento e que não sejam calendarizados os

próximos passos para que haja previsibilidade para as escolas, diretores, professores e alunos, de como é que

este processo vai se realizar.

7. Realizada a discussão, cuja gravação áudio está disponibilizada no projeto de resolução referido, remete-

se esta informação a S. Ex.ª o Presidente da Assembleia da República, para agendamento da votação da

iniciativa na reunião plenária, nos termos do artigo 128.º do Regimento da Assembleia da República.

Palácio de São Bento, em 2 de maio de 2024.

A Presidente da Comissão, Manuela Tender.

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PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 69/XVI/1.ª

PELA CRIAÇÃO DO MUSEU DOS DESCOBRIMENTOS E DA EXPANSÃO PORTUGUESA

Exposição de motivos

A cultura e a história são elementos essenciais para compreender, analisar e percecionar o presente e futuro

de uma nação e de um povo.

A recordação, preservação e celebração das conquistas passadas representam um profundo sentimento

patriótico, mas também possuem um caráter educativo e de perceção, reconhecimento e difusão de um percurso

coletivo, que nos trouxe ao dia de hoje como povo e como nação, e que impactou profundamente a atual

perceção que existe de uma humanidade com verdadeiro sentido de pertença.

Em momentos conturbados, como aqueles em que vivemos na história nacional, nos quais alguns procuram

enveredar pelo revisionismo histórico, fortemente influenciado por uma cultura woke, que promove uma

constante humilhação e demonização de alguns períodos históricos de grande impacto para Portugal e para a

humanidade, é essencial salvaguardar e defender o legado português e o seu impacto nos vários territórios

espalhados pelo mundo que passou a ser global nessa época e assim permanece até aos dias de hoje.

Posto isto, lamentamos que hoje altas figuras da Nação se prestem a negativizar e condenar um dos períodos

históricos de maior glória nacional, no qual os portugueses foram a verdadeira face da Europa no mundo e quem

permitiu o conhecimento de territórios por explorar, de técnicas de navegação inovadoras, de caminhos

marítimos até aí inavegáveis e de povos e culturas desconhecidos. Foi Portugal que, como o registou o nosso

poeta maior, «deu novos mundos ao mundo».

Como tal, é fundamental proteger a história de Portugal, preservando-a de forma genuína e livre de

revisionismos e ataques, recordando os feitos passados, que em tanto contribuíram para o sentimento patriótico,

para o reconhecimento internacional de Portugal e para enormes desenvolvimentos à escala global.

A criação do museu nacional dos descobrimentos portugueses é uma excelente forma de enaltecer e difundir

a História de Portugal, do povo português e também de partilhar todo um período glorioso, não só nacional, mas

também internacional, de avanços e partilhas a nível humano, cultural, científico, económico, social e técnico,