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II SÉRIE-A — NÚMERO 147

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6.1.3. Agricultura, floresta e pescas

É proposto um maior investimento no setor agrícola e florestal, retomando o período de crescimento registado

entre 2011 e 2015 (o maior das últimas duas décadas), no qual a agricultura se assumiu como um setor muito

relevante no processo de recuperação económica do País. Pretende-se ainda que o ministério que tutela a

agricultura retome gradualmente as estruturas que perdeu e que se acelere o ritmo de investimento dos fundos

europeus. Importa também melhorar a comunicação com o setor e, por sua vez, a imagem deste junto da

sociedade, reforçando o seu papel fundamental na produção de alimentos e de externalidades positivas com

contributo para a sustentabilidade económica, social e ambiental.

Para a prossecução do conjunto de objetivos associados a esta área de política ir-se-á, designadamente:

• Incentivar o investimento privado na agricultura, floresta, pescas e aquicultura;

• Criar o estatuto do jovem pescador enquanto agente de descarbonização, da digitalização e da preservação

da biodiversidade marinha;

• Elaborar o Plano Estratégico «Água que Une», com o objetivo de desenvolver uma rede de infraestruturas

que permita gerir, armazenar e distribuir de forma eficiente a água, nomeadamente a destinada à

agricultura (medida também referida no subcapítulo 6.1.1.);

• Reprogramar o PEPAC 2023-2027, para melhorar o rendimento dos produtores, simplificar os

procedimentos para os beneficiários e aumentar a previsibilidade;

• Desenvolver novos instrumentos financeiros para fomentar o investimento no setor agroflorestal, pescas e

aquacultura;

• Reforçar as ações de internacionalização de produtos agrícolas nacionais, nomeadamente do vinho, em

mercados externos, evidenciando a qualidade dos mesmos;

• Reforçar as ações de formação profissional tendo em conta as necessidades e especificidades do território,

qualificando e atraindo a mão de obra para os setores.

No que concerne a medidas a equacionar, ir-se-á:

• Estudar a criação de um fundo mutualista e a disponibilização de um seguro de colheita.

No âmbito desta área de política é de sublinhar a necessidade de melhorar o rendimento dos agricultores,

dos pescadores e dos produtores florestais e de retomar a confiança e a previsibilidade no setor da agricultura,

nomeadamente no âmbito do Pedido Único da PAC, e de promover as sinergias e complementaridades entre

os fundos da política de coesão, da PAC e da política comum das pescas (PCP). Importa, por isso, potenciar a

utilização dos fundos da PAC, do FA, do PT2030, do MAR2030 e de programas europeus, como o HE e o

InvestEU, assim como fortalecer o papel das organizações de produtores florestais na extensão florestal através

do estabelecimento de contratos-programa.

Além disto, há que adotar uma comunicação que promova a valorização dos setores da agricultura, floresta

e pescas e do papel que estes desempenham na sustentabilidade económica, ambiental e social. E é

fundamental investir na investigação e na inovação do setor agroflorestal e piscatório, bem como na simplificação

e desburocratização de todos os processos.

De modo a promover a renovação geracional dos setores agroflorestal e piscatório, releva também a aposta

na isenção de contribuições para a segurança social durante os primeiros três anos de instalação para jovens

agricultores e pescadores; na isenção de IRS/IRC (conforme a situação) nos apoios da PAC e da PCP ao

investimento e nos apoios à exploração até ao fim do vínculo contratual da candidatura à instalação de jovens

agricultores e arranque de atividade dos jovens pescadores; na criação de linhas de crédito de longo prazo, com

juros bonificados, para a aquisição de terrenos agrícolas por jovens agricultores, associado a um plano

empresarial de investimento; na promoção de programas de acompanhamento e aconselhamento ao jovem

agricultor, pescador e produtor florestal.

Destaca-se ainda a importância de reforçar as relações dos agentes económicos no setor agroalimentar,

promovendo o equilíbrio na distribuição na cadeia de valor, bem como de robustecer o papel das organizações

de produtores e das cooperativas, de forma a aumentar o rendimento dos produtores. É importante promover a