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II SÉRIE-B — NÚMERO 17

profissionais, que tem permitido uma inversão acentuada no aspecto positivo dos inovadores de saúde e uma melhoria notável na prestação de cuidados de saúde às populações, e o Centro de Saúde de Montalegre não foge ao cômputo geral do distrito.

A Administração Regional de Saúde tem uma ideia do funcionamento do Centro de Saúde de Montalegre diametralmente oposta à apresentada pelos Srs. Deputados, pelo que tomamos a liberdade de expor a V. Ex." alguns dados e algumas considerações pertinentes, de molde a desmistificar o conteúdo do requerimento e mesmo algumas considerações feitas localmente.

0 Centro de Saúde de Montalegre, um dos 15 centros de saúde do distrito de Vila Real, é talvez a unidade de saúde de maior interioridade, composta pela sede e por nove extensões de saúde, todas em funcionamento.

Está inserido numa área de 800 km, com uma densidade populacional de 24, 27, abrangendo uma população estimada em cerca de 19 000 habitantes, com tendência a diminuir, e situada em plena zona de Barroso.

1 — O Centro de Saúde tem no seu mapa 14 médicos de clínica gerai estando ao serviço neste momento 10 médicos, um dos quais se encontra no desempenho das funções de presidente da Câmara.

1.1 — Foram abertas quatro vagas no início de 1992, tendo sido colocado um profissional; está para publicação no Diário da República novo concurso que contempla uma vaga neste Centro de Saúde.

1.2 — A distribuição das consultas pelas várias unidades de saúde permite que todas estejam em funcionamento, dependendo da população abrangida:

Extensão de Saúde de Torém — consulta 1 x semana; Extensão de Saúde de Covelães — consulta 2 x semana;

Extensão de Saúde de Solveira—consulta 2 x semana; Extensão de Saúde de Ferral — consulta 3 x semana; Extensão de Saúde de Vilar de Perdizes — consulta 2 x semana;

Extensão de Saúde de Cabril — consulta 2 x semana; Extensão de Saúde de Viade—consulta 4 x semana; Extensão de Saúde de Venda Nova — consulta 5 x semana;

Extensão de Saúde de Salto — consulta, nove horas por semana;

Centro de Saúde sede—18 períodos de quatro horas cada um por semana

O Centro de Saúde tem sector de internamento e serviço de urgência 24/24 horas.

Toda esta metodologia apenas é possível através do pagamento de horas extraordinárias e a cobertura da população tem aumentado lenta mas seguramente.

2 — De uma dotação 19, em termos de enfermeiros, encontram-se ao serviço 10 profissionais, estando a decorrer desde algum tempo a esta parte concursos para possível colocação de mais profissionais.

3 — Existe autoridade de saúde concelhia efectiva e substituta e técnico auxiliar sanitário.

4 — Pelo terceiro ano consecutivo foi aberto concurso externo de ingresso para a vaga de técnico de radiologia, tendo ficado os concursos desertos por ausência de candidatos.

É precisamente a aparelhagem de radiologia a única que não está a ser utilizada.

5 — Apresentamos um estudo comparativo de alguns indicadores de saúde referentes aos anos de 1991 e 1992, que traduzem uma manutenção, se não uma melhoria, na prestação de cuidados de saúde:

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

A taxa de natalidade diminuiu.

A média dos actos de enfermagem é em cada ano cerca de 12000.

Consultas de vigilância, < 1 ano é sobreponível nos dois anos: 2,55/média.

Precocidade na procura ao Centro de Saúde em saúde infantil, sobreponível nos dois anos: ± 80 %.

Cobertura em gravidez: ± 96,8 %.

Média de consultas por utilizador activo:

1991—5,68; 1992 — 5,70.

Cobertura distrital em vacinação em BCG, sobreponível nos dois anos e a melhor no País: 95,8 %.

A cobertura distrital em vacinação tem sido inalterável: ±90%.

Análises químicas de águas de consumo: 1991—97G2e 34G3;

1992 — 62 G2 e 26G3 até Novembro de 1992.

Análises bacteriológicas de água de consumo:

1991 — 131 potáveis e 3 impróprias; 1992— 114 potáveis e 1 imprópria.

Pensamos que todos estes indicadores traduzem muito trabalho por parte de todos os profissionais de saúde, dedicação da direcção do Centro de Saúde e uma gestão o mais criteriosa possível da comissão instaladora da Administração Regional de Saúde de Vila Real e desmistificam o aspecto miserabilista apresentado pelos Srs. Deputados e as notícias veiculadas por alguns órgãos de comunicação social.

Perdoe-nos V. Ex.* o desabafo de quem se encontra no terreno e acompanha dia a dia a evolução das unidades de saúde e dos condicionantes locais.

O início do processo foi dado por alguns elementos da Câmara, presidida por um médico do Centro de Saúde, que por acaso é da área socialista, que pensamos deveria ter uma imagem diferente do seu Centro de Saúde, mas que não aparece directamente no processo, já que tem sempre encontrado no director do Centro de Saúde a maior abertura para trocas de pontos de vista.

Por outro lado, a comissão instaladora, que tem pautado a sua actuação por uma lisura, limpidez de actuação, sempre esteve aberta a qualquer troca de impressões, como ficou demonstrado no decorrer da visita efectuada pela Comissão Parlamentar de Saúde ao distrito, em que facultou um dossier o mais completo possível e em que um dos Srs. Deputados requerentes esteve presente.