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19 DE FEVEREIRO DE 1994

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em casa do consumidor estava bacteriológicamente própria para consumo.

Não obstante, em certos casos (fontes e fontanários de algumas freguesias do concelho de Tarouca), verificou-se que, durante os meses mais secos do ano, a água era vmpTÓprta para consumo.

Logo que o executivo tomou conhecimento desta situação, procedeu de imediato a acções de remodelação e de melhoria da rede de captação e construção de várias estações de tratamento das águas de abastecimento doméstico, encontrando-se algumas destas obras ainda em

curso.

Acresce que os resultados negativos, não sendo alarmantes, respeitam à época de Verão e tiveram a sua origem no fraco caudal da água derivado das condições climatéricas de seca, bem como em infiltrações diversas e motivadas fundamentalmente pela condução dos efluentes industriais, que, infelizmente, é um problema ainda não resolvido, sendo devolvidos para o rio Varosa, onde esta Câmara possui três captações de água.

Paradoxalmente, alguns dos denunciantes são um dos muitos agentes poluidores do rio Varosa, que estão na base de toda esta problemática, através dos efluentes das suas indústrias.

Para obstar a todas estas situações, temos uma equipa técnica responsável por este sector executando medidas para conter as situações de perigo e prevenindo casos idênticos que eventualmente surjam.

Convém salientar que há pouco mais de oito anos este município fornecia água apenas a cerca de 300 consumidores. De momento, este número elevou-se para 4000, ocasionando gastos astronómicos, se comparados com o orçamento global desta Câmara.

Segundo os nossos cálculos, implantámos neste período cerca de 60 km de novas condutas em tubagens mais adequadas, em termos de caudal e de qualidade.

Construímos ainda três estações de tratamento de água nas respectivas captações, além de alterarmos quase na totalidade as redes existentes.

Continuamos empenhados na resolução completa e eficaz deste problema, pelo que no plano de actividades desta Câmara, para o corrente ano, tivéssemos disponibilizado verbas avultadíssimas, quer para a continuação da melhoria das redes de abastecimento de água como também para avançarmos com maior celeridade na construção da rede de esgotos ainda em falta e que atinge mais de 50% das nossas povoações.

O próprio executivo municipal multiplicou-se em acções de prevenção junto das populações, esclarecendo a

existência de algumas anomalias detectadas, com maior

acuidade nos locais onde as águas ofereciam dúvidas em relação à sua potabilidade, não negando a participação das juntas de freguesia e dos próprios moradores nas obras de beneficiação despoletadas de imediato de um ponto de vista curativo e das que ainda decorram, agora com intuito preventivo.

Finalmente, não existe no concelho de Tarouca um surto de hepatite A, apenas casos pontuais, cuja origem, e segundo as informações de que dispomos, não tem a ver com a qualidade das águas de abastecimento, bacteriológicamente potável (conforme consta das análises de água de que dispomos).

Houve algumas crianças da Escola C + S de Tarouca infectadas com aquele vírus, mas a origem da doença não foi confirmada pelas autoridades de saúde como advinda das condições da água. Aliás, existe uma fonte naquela Escola que está há muito tempo interdita ao consumo, apenas não houve o cuidado por parte do conselho directivo de instruir devidamente a população escolar.

Estes factos foram também apurados pelas autoridades sanitárias que, a pedido da Câmara, se deslocaram àquele estabelecimento de ensino para procederem à análise do problema e que, felizmente, não foi confirmada.

Julgamos com o exposto ter esclarecido V. Ex.°

8 de Fevereiro de 1994. — O Presidente da Câmara, Lucíiio Fernando Assunção Teixeira.

A Divisão de Redacção e Apoio Audiovisual.