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0150 | II Série B - Número 024 | 13 de Dezembro de 2002

 

determinante no desenrolar dos acontecimentos. Mais: diziam que a fracção arenosa existente era de uma permeabilidade que propiciaria algum sossego para o desenvolvimento dos trabalhos, a situação posterior veio a evidenciar a existência de uma língua de areia, (…),que era uma zona que não tinha sido detectada pelas sondagens feitas anteriormente e que se traduziam em duas camadas de areia: uma média a grosseira com grande permeabilidade, e outra fina a média, menos permeável que a anterior, mas com permeabilidade significativa.
(…) o modelo geológico-geotécnico e hidrogeológico na área do incidente, cujas características, que terão concorrido definitivamente para a ocorrência dos fenómenos constatados, não poderiam ter sido antecipadas com a informação patente no projecto e processo do concurso.
No fundo, o que se concluiu foi que, de facto, tinha havido alguma subvalorização das condições patenteadas no concurso." (págs. 20 e 21; acta n.º 2 - Depoente - Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa, E.P.).
" "(...) No fundo, estávamos perante uma grande heterogeneidade e complexidade litológica, com frequentes passagens laterais destas camadas de aluviões, onde temos níveis mais ou menos lodosos, níveis areno-lodosos e níveis francamente arenosos, numa miscelânea um pouco surpreendente e diferente daquela que seria expectável.
(…) outra situação foi detectar uma distinção litológica muito clara entre os terrenos do lado norte e do lado sul, com vários níveis arenosos do lado norte. Ou seja, há um claro predomínio da fracção arenosa do lado norte, precisamente a zona na qual tínhamos iniciado o tratamento através do jet.
O novo modelo geológico interpretativo aponta para a ocorrência de uma camada aluvionar de carácter essencialmente arenoso, localizada essencialmente na camada lodosa.
Estamos assim, (…), perante uma singularidade geológica correspondente à existência de um horizonte arenoso não previsto, localizado na base inferior do aluvião, e a cotas mais elevadas do que poderia ser expectável.
Este é o conjunto de questões que começava a ser expectável quando da nossa chegada ao Metropolitano no dia 1 de Setembro, mas que veio a consagrar, de forma inequívoca, esta situação com a entrega do relatório em Maio de 2001." (pág. 22; acta n.º 2 - Depoente - Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa, E.P.).
" "Ora, a situação hidrogeológica dos terrenos envolventes do túnel deveria ter inviabilizado que fosse equacionada a hipótese de se proceder à execução dos furos pelo interior do túnel, mesmo na eventualidade de se proceder ao reforço do revestimento. Ou seja, mesmo no quadro mais tranquilo, em termos da situação geológica patente no concurso, este era sempre um procedimento muito complicado de ser feito e o risco do fenómeno foi subestimado." (pág. 23; acta n.º 2 - Depoente - Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa, E.P.).
" "Há, efectivamente, novos estudos geológicos, que constam dos documentos enviados para a Assembleia, (…) a existência comparativa dos mapas geológicos anteriores com os mapas geológicos pós esta situação, que revelam novas condições." (pág. 35; acta n.º 2 - Depoente - Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa, E.P.).
" "(…) não escondo, como é óbvio, que há alguma realidade naquilo que diz mas omite uma questão: é que, em toda a documentação, aquilo em que falamos sempre é nas questões geológicas e geotécnicas, o que, como o Sr. Deputado sabe, são realidades diferentes. Ou seja, enquanto uma é, de facto, uma realidade estática - e, de facto, há uma situação que, depois do acidente, é modificada -, há uma questão que temos de aprofundar." (pág. 101; acta n.º 2 - Depoente - Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa, E.P.).
" "É o grau de permeabilidade dessa fracção. E o que foi inovatório para os homens da COBA e o que vem aqui (…) Porque o Sr. Deputado referiu "de facto, estava previsto" mas o que está neste memorando da COBA, de 3 de Maio, é que "estamos perante uma singularidade geológica correspondente à existência de um horizonte arenoso não previsto" - e vamos admitir que estão aqui a ser simpáticos - "localizado na base inferior do aluvião a cotas mais elevadas do que seria expectável". Por isso, não só… E esse não deriva da mexida, deriva, de facto, de uma questão nova, que é ela estar mais acima do que era previsível." (págs. 101 e 102; acta n.º 2 - Depoente - Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa, E.P.).
" "(…) fazer as aduelas e furar as aduelas num meio miocénico mais consolidado, estamos à vontade, temos feito muitos túneis e nunca houve qualquer tipo de problema. Porquê? Porque, atendendo às camadas, não há o risco da permeabilidade e de o solo confluir para dentro do túnel e dos furos que se fazem. Já nesta situação, não! É diferente. Daí, de facto, parece-me que este aspecto é relevante." (pág. 102; acta n.º 2 - Depoente - Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa, E.P.).
" "(…) iniciei estas conversações, se a tutela me disser que nunca aceitará a via negocial, eu paro imediatamente as conversações. Perguntei-lhe: quais são os reflexos da via negocial e da via litigiosa? O Sr. Presidente do Conselho de Gerência do Metropolitano disse-me o seguinte: se formos pela via litigiosa, há vários problemas que podem surgir, todos eles graves. Primeiro, posteriormente ao incidente de 9 de Junho do ano passado, nos estudos geológicos que, entretanto, vieram a ser desenvolvidos, foi encontrada uma língua de areia totalmente imprevisível, porque aqueles terrenos, por tudo o que se conhecia, por todos os estudos que tinham sido feitos, eram terrenos impermeáveis e esta língua de areia é um terreno totalmente permeável. Portanto, apareceu ali uma situação que ninguém esperava, que o projecto não previa, os próprios ensaios feitos também não previam e, portanto, era uma situação totalmente inusitada." (págs.283 e 284; acta n.º 2 - Depoente - Dep. Rui Cunha).
" "Para além desta língua de areia, queixa-se o empreiteiro que também não constava do projecto, nem lhe foi dito, que existiam uma colunas de brita que tinham sido colocadas pelo empreiteiro do túnel