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25 | II Série B - Número: 165 | 18 de Julho de 2009

Em resposta, o Sr. Secretário de Estado Adjunto da Ministra da Saúde afirmou o seguinte: ―A Senhora Deputada diz que esta decisão, a decisão sobre o Hospital Pediátrico de Lisboa, se insere na senda de encerramentos. Nada mais falso. A decisão de fazer um novo Hospital em Lisboa, um Hospital novo, tecnologicamente adequado, que substitua um conjunto de hospitais que foram muito importantes para a população portuguesa mas que não têm condições, de facto, de serem recuperados.
Aquilo que ninguém nos perdoaria era se deixasse-mos o Hospital Pediátrico de fora desta oportunidade. E aquilo que naturalmente tem de ser garantido é que as crianças tenham espaços próprios, naturalmente, para serem recebidas, observadas e tratadas, mas têm também que beneficiar de todo o apetrechamento tecnológico que vai ser possível ter no novo Hospital de Todos-os-Santos.‖

Em face da economia empregue pelo Senhor Secretário de Estado Adjunto da Ministra da Saúde, na resposta ao Grupo Parlamentar do PSD, o signatário entendeu dever colocar à Senhora Ministra da Saúde novamente as questões referendes à criação de um novo Hospital Pediátrico, na cidade de Lisboa, por ocasião da audição desta governante na Comissão de Saúde, em reunião realizada no passado dia 1 de Julho.
Em resposta às questões colocadas pelo signatário, a Sr.ª Ministra da Saúde disse o seguinte: ―Quanto á outra questão que pôs e que já tinha sido objecto de intervenção, sobre o novo Hospital Pediátrico, ou o novo Serviço de Pediatria ou Hospital Pediátrico, como lhe queira chamar, integrandose de facto no Hospital de Todos-os-Santos, é de facto um assunto que me é caro, primeiro porque sou pediatra e depois porque fiz toda a minha formação na pediatria no Hospital de Dona Estefânia e porque optei em determinada altura, e por opção ir para um Hospital geral com serviço de pediatria.
Eu fazia parte do quadro permanente do Hospital de Dona Estefânia e optei, exactamente, por ir para outro local de trabalho.
E isto tinha a ver com aquilo que é conhecido e sabido hoje da prática pediátrica, a vantagem principalmente porque os programas de pediatria se colocam hoje se colocam em doenças agudas e em doenças crónicas. Felizmente para a saúde dos Portugueses e das nossas crianças, aquilo que era a prática e a necessidade em pediatria, no tempo em que comecei a minha formação, hoje não existe.
Existem sim, de facto, doenças muito agudas que precisam de cuidados intensivos e de grande tecnologia, quer no início da vida, quer no final, e que isso se faz muito melhor tendo em atenção, fundamentalmente, a nossa dimensão de País integrado em hospitais gerais.
Quando a própria Comissão que ouviu e que eu conheço obviamente muito bem, visitei alguns hospitais pediátricos, sempre me interessei muito pelo planeamento na área da pediatria, mesmo antes de estar nesta posição no Ministério da Saúde, a dimensão que têm os hospitais que são de como comparação apontado por essa comissão, nós teríamos um único hospital pediátrico para a nossa população, dado que a prevalência de muitas das patologias, se nós tivéssemos um hospital único em todo o País para a nossa população de 10 milhões, com a nossa população pediátrica, aí sim, teríamos um hospital pediátrico com todas as valências para poder atender todas as especificidades. Ora, isto não é defensável, não é bom para as crianças, nem para as famílias.
Portanto, aquilo que neste momento existe, como sabemos, em Lisboa existe um serviço de pediatria no Hospital de Santa Maria com uma diferenciação e qualidade idêntica ao do Hospital de Dona Estefânia.
Por razões históricas e nunca foi posto em causa e estão divididas algumas das especialidades e da diferenciação e portanto esta é a perspectiva que muitas das áreas e do tratamento das doenças que se pode fazer melhorando e modernizando o atendimento à criança que tinha sido feita no Hospital de Dona Estefânia, poder transpor para um hospital integrado, beneficiando sim as áreas de grande tecnologia.
A partilha dos espaços obviamente que uma boa gestão de recursos nunca poderá por em causa que as áreas da pediatria terão de ser partilhadas com os adultos, quer do ponto de vista técnico porque exige que os profissionais, não só os médicos mas também são todos os outros técnicos, nomeadamente o