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26 | II Série B - Número: 165 | 18 de Julho de 2009

grupo de enfermagem porque há especificidades muito próprias e devem estar localizadas no serviço de pediatria. Manda a boa gestão que nós não possamos fazer a rotação dos profissionais, porque, de facto, a integração de um profissional de enfermagem para trabalhar em pediatria, principalmente nestas áreas de grande especificidade leva no mínimo 6 meses. Antes disso não temos capacidade de uma grande autonomia e por isso é, obviamente, um princípio da boa gestão dos hospitais que isso assim faz, também não só em relação à criança, mas como todo o atendimento à família e à família que acompanha a criança, os espaços têm de ser próprios para a criança, as salas de espera têm de ser separadas, não só para proteger a própria criança e é um direito da criança que isso seja cumprido, mas também de todos os outros utentes do Hospital e isso está contemplado e não poderá nunca neste momento, no século XXI, ser posto em causa neste espaço. E por isso estas medidas estarão de facto contempladas.
Depois, a partilha do bloco operatório, Senhor Deputado, isto é uma questão técnica e nunca houve nenhum problema tratar uma criança ou operar uma criança num bloco operatório que pode tratar à segunda-feira ou à terça-feira adultos e à quarta-feira e quinta-feira crianças. As técnicas são as mesmas e pode analisar obviamente aquilo que são os resultados de muitos destes hospitais e compará-los aquilo que é a eficiência do bloco operatório do Hospital de Dona Estefânia e aquilo que é a eficiência dos hospitais tratados por cirurgiões pediátricos noutros locais. Se for comparar e falar não põe em causa nem o tratamento das crianças nem a capacidade de intervenção, portanto isso é um falso problema e obviamente que eu entendo e sou capaz de compreender os meus colegas médicos e outros profissionais que trabalham no hospital pediátrico e obviamente que integrados num hospital geral terão de ser confrontados com outra realidade e têm de defender, obviamente, aquilo que é a criança e as suas condições, mas isso significa que a integração num grande hospital de grande tecnologia, nós nos vamos permitir tratar melhor essas crianças. Um exemplo poderá ser o serviço de cardiologia, que é um serviço de cardiologia médico-cirúrgica que está há muito, penso que desde sempre, tanto quanto eu conheço desde o seu início, está localizado no Hospital de santa Marta, nunca esteve no Hospital de Dona Estefânia porque nunca houve condições para que ele lá estivesse e porque, exactamente, a patologia nessa área precisa, não só de tecnologia dos adultos como da experiência partilhada entre os profissionais que tratam crianças com os outros colegas que tratam de adultos e assim nós temos tido o bom resultado que Portugal conseguiu e que foi com a integração no Hospital e que, isso sim, poderá ser melhor se a área pediátrica estiver integrada, obviamente em espaços próprios e preservados para a criança e poder ser.
Obviamente que aquilo que foi durante muito tempo sentido, que tem a ver com o espaço da criança, é, de facto, algo que hoje em dia face a estes conceitos não fazem sentido, nós temos que defender as crianças e aquilo que é necessário para o seu tratamento e o atendimento das famílias e isso está contemplado, obviamente no programa funcional.
Obviamente que o programa há muito foi definido e não está em discussão neste momento, porque não se pode fazer e dar todo o desenvolvimento do hospital que está já em projecto de arquitectura e o programa funcional é a primeira fase antes de começar a fazer, aliás como sabem, portanto, já está de facto ultrapassada a fase da discussão do programa funcional e que os profissionais foram ouvidos, os seus representantes, quando foi, exactamente, elaborado em programa funcional, mas houve algumas dificuldades na fase inicial disso, porque houve uma recusa, exactamente, desses colegas ou dessa equipa que no início, porque não queriam sequer ouvir falar que o hospital deixaria de estar ali naquele centro que se chama Lar de Dona Estefânia ou Rua Jacinta Marto, por, sequer, a possibilidade de discutir a sua mudança e isso não leva nem cria as facilidades de criar uma equipa de podermos construir um melhor hospital. Simplesmente, quando chegaram à conclusão de que esse processo estava ultrapassado, então sim, vieram às mesas das negociações, portanto é lamentável que os profissionais que são de grande qualidade do ponto de vista técnico e humano, mas que não foram na altura capazes de perceber que as crianças beneficiariam muito com o seu empenho na discussão de