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57 | II Série B - Número: 162 | 7 de Julho de 2010

«Mas não estou a obrigar a que os computadores tenham este sistema. Os que tiverem têm; os que não tiverem não têm! Com a Intel passou-se a mesma coisa. Não obriguei que os computadores tivessem processadores Intel. Porém, arranjei forma de a Intel dar condições favoráveis para os que tivessem. É tão simples quanto isto.» «Com a autoridade que tínhamos pelo facto de sermos Governo, dissemos o seguinte à Microsoft: «Reconhecemos que este é um programa da maior importância para o desenvolvimento da sociedade da informação e que tem fins pedagógicos. Portanto, os senhores façam favor de reconhecer isto e apliquem a tabela»». Fizemos este entendimento, não comprámos licença alguma. Os computadores das várias marcas (Toshiba, Fujitsu ou HP) que usaram esse software para o Programa e.escola beneficiaram, todos eles, destes preços mais baixos e também os que tinham o processador Intel. »

«Sr. Deputado, a Microsoft é um dos principais fornecedores de software e de sistemas operativos que existe na maior parte dos computadores, embora não seja o único. E nós, com a preocupação de haver possibilidade de escolha e de não nos enfileirarmos por um, arranjámos maneira de se poder escolher um ou outro.
Contudo, quando chegámos ao e.escolinha, resolvemos dar um passo mais à frente e dissemos: vamos pôr lá os dois! Mais, lembro-me muito bem desta discussão. Mas, pondo os dois, qual seria o default? Mesmo pondo os dois, pode haver um default. O Ministério esteve contra isto e disse: «Não, não! Não há cá default. O utilizador, quando abrir, tem de, expressamente, escolher qual deles quer, porque, se eu tivesse de pôr um default, teria de escolher um».»

A verdade é que acordámos que os computadores do Programa e.escolinha, do 1.º ao 4.º anos, deveriam ter os dois sistemas, sem nenhum deles ser default, e que seria utilizador, no acto de abrir o computador, a escolher. Ou seja, sempre que abrir o computador pode, desta vez, escolher um e, da próxima vez, escolher o outro. Mas a escolha será sempre do utilizador, precisamente para as pessoas se habituarem a ter vários sistemas operativos, a contactarem com eles, etc. Foi uma coisa feita no bom sentido, Sr. Deputado. «Não me sinto com nenhum mérito especial — se quer que lhe diga, e estou a ser muito sincero — por ter patrocinado, digamos assim, orientado ou sido responsável por esta ideia ter nascido, fundamentalmente, no âmbito do Ministério das Obras Públicas. A meu ver, o mérito não é ter nascido a ideia. Se quer que lhe diga, o mérito do Ministério das Obras Públicas foi ter concretizado a ideia! Isto é que é difícil! Ideias podemos ter muitas».

Carlos Zorrinho, Plano Tecnológico (9 Março 2010): «Foi assim que começou a germinar a ideia de que era preciso fazer alguma coisa. Temos de fazer alguma coisa para que mais famílias tenham computadores, mais famílias tenham acesso à banda larga, mais estudantes tenham computadores, mais estudantes tenham acesso à banda larga, mais estudantes em formação em Novas Oportunidades tenham computadores e acesso à banda larga e que os professores, parte fundamental deste sistema, também tenham esta flexibilidade de poder ter, na escola e em casa, este tipo de ferramentas.
Ora, foi aí que se criou uma task force que envolveu vários Ministérios. O papel-chave do Plano Tecnológico era, no fundo, dinamizar esta task force com o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o Ministério da Educação e o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (pontualmente com outros Ministérios, mas basicamente com estes três) para se começar a olhar para este problema e encontrar uma solução.
Rapidamente percebemos que a solução deveria passar por um sistema em que os equipamentos fossem das pessoas e não da escola ou da entidade formativa, exactamente para terem a flexibilidade de poderem estar em casa, de irem para a escola, de poderem ser usados em cada momento na aprendizagem.
Para isto, também rapidamente percebemos que, sendo das pessoas, era ainda importante que fossem portáteis, o que permitiria esta flexibilidade.»