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II SÉRIE-B — NÚMERO 53

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económicos com maior exposição creditícia junto de cada um dos grupos bancários, bem como outros grupos e

entidades cujas exposições foram selecionadas com base num conjunto alargado de indicadores de risco de

crédito.

No caso concreto do Grupo Rentipar Financeira, no total, foram objeto de análise cerca de 350 mutuários,

que cobriram mais ou menos 20% da carteira de crédito abrangida pela referida inspeção, sendo que o valor da

amostra era qualquer coisa próximo de 3000 milhões de euros, numa carteira de crédito total, de exposure total

— portanto, crédito em balanço e crédito por assinatura, as denominadas «garantias» —, de cerca de 13 000

milhões de euros.

Em resultado desta análise, que foi feita nesse momento do tempo a esta amostra concreta, o reforço mínimo

de imparidade apurado, na altura em que estas informações foram divulgadas, foi de cerca de 90 milhões de

euros.”

Special Inspections Programme – Workstream 3

O Dr. Rodrigo Pinto Ribeiro descreve-nos esta inspeção da seguinte forma:

“No final de 2011 e início de 2012, trabalhámos com o Banco de Portugal na chamada linha de trabalho n.º

3, no workstream n.º 3 do SIP (Special Inspections Programme). O trabalho que realizámos nesse programa de

inspeções foi uma revisão da metodologia e do processo seguido pelos oito maiores bancos portugueses — um

deles era o BANIF — na realização de testes de stress. Nós não tivemos qualquer intervenção nas duas outras

linhas de trabalho, ou seja, naquilo que era a auditoria ou o asset quality review feito por empresas de auditoria,

nem na outra linha de trabalho que foi, digamos, o cálculo dos ativos ponderados pelo risco. Portanto, centrámo-

nos numa das três linhas de trabalho, que foi a revisão das metodologias e dos processos seguidos por cada

um dos bancos.”

“O resultado do nosso trabalho em relação ao BANIF… Nós identificámos uma série de lacunas

metodológicas no exercício feito pelo BANIF e havia problemas a vários níveis: nos dossiers que eram utilizados

para a projeção da margem, a projeção das imparidades, questões de inconsistência de informação. Havia uma

série de questões que foram identificadas, tendo sido algumas delas quantificadas também em termos do seu

impacto na posição de capital do Banco.”

“O Banco manifestava dificuldade na sua capacidade de fazer projeções das suas contas, dos seus balanços

e das suas operações financeiras em diferentes cenários. Portanto, manifestava grandes dificuldades em seguir

metodologias que considerávamos adequadas para projeção de resultados de contas em diferentes cenários.”

No seguimento deste trabalho, em 21 de março de 2012, o Banco de Portugal comunica ao Banif: “De forma

a potenciar os benefícios associados ao SIP, o que se torna particularmente importante no atual contexto

económico, é fundamental que a Rentipar Financeira atribua prioridade máxima à correção das insuficiências

detetadas, adote com a maior brevidade as melhores práticas nos domínios avaliados e, finalmente, que utilize

critérios conservadores no cálculo dos níveis de imparidade”.

Follow Up Do Special Inspections Programme – Workstream 3

Nas palavras do Dr.Rodrigo Pinto Ribeiro:

“Se bem me recordo, foi um trabalho realizado entre maio e novembro de 2012, que resultou do trabalho feito

no âmbito do workstream 3. No fundo, o Banco de Portugal, com base nas recomendações que nós próprios

produzimos, ao abrigo do workstream 3, recomendações de melhoria metodológica, pediu aos bancos que

implementassem as melhorias que, na opinião do Banco de Portugal, deviam ser implementadas e o papel da

Oliver Wyman, nessa altura, foi, se quiser, de gerir o processo, de assegurar ou de monitorizar até que ponto

essas melhorias eram, de facto, implementadas.

No caso do BANIF, se bem me recordo, acho que houve dois aspetos fundamentais em termos de

metodologia: um deles era a projeção da margem do Banco e outro era a projeção do custo de risco, se quiser.”;

“Em relação à segunda pergunta do Sr. Deputado, de facto, no trabalho de 2011-2012, fim de 2011 e início

de 2012, nós levantámos uma série de questões metodológicas e de problemas que encontrámos com o stress

test apresentado pelo BANIF. O Banco de Portugal pediu, depois, ao BANIF que colmatasse essas limitações.