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14 DE SETEMBRO DE 2016

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Portanto… Apresentem-me um supervisor europeu que tenha feito um exercício de radiografia tão profundo.”

Dr. Pedro Duarte Neves: “Um deles foi também uma ação que decidimos desenvolver a partir de 2009, foi

o de termos equipas dentro dos bancos, o que, no caso do BANIF, passou a acontecer a partir de meados de

2010, de junho de 2010. Iniciámos esse programa algures em 2009 e foi sendo, progressivamente, generalizado

ao sistema bancário português, sendo que, no caso do BANIF, começou em junho de 2010, como acabei de

dizer.”

“No terreno estavam duas. No núcleo são umas sete ou oito pessoas.”

Dr. Joaquim Marques dos Santos: “Chegando ao regulador, o Banco de Portugal todos os anos fazia

auditorias ao Banco. Às vezes eram muito localizadas, em algumas áreas de atuação, mas a partir de maio de

2010 passou a ter uma equipa residente no Banco — não sei se eram seis ou sete elementos —, com instalações

próprias, com equipamento informático próprio, com acesso a toda a informação do Banco, com acesso às atas

do Conselho de Administração, da Comissão Executiva, dos vários órgãos decisórios do Banco e, quando tinham

dúvidas sobre qualquer operação ou decisão, iam aos serviços e tentavam esclarecê-las. O Banco de Portugal

fazia, portanto, um acompanhamento completo da situação. Às vezes, até se metiam em coisas que eram

simples pormenores, mas, de facto, tinham acesso a tudo e nunca houve ninguém que vedasse esse acesso.”

4.2.2 Das auditorias determinadas transversalmente aos 8 maiores grupos bancários

Listagem das auditorias determinadas pelo Banco de Portugal transversalmente aos 8 maiores grupos

bancários:

a. Special Inspections Programme – Workstream 1 (SIP-WS1)

Ano: 2011

Assunto: Avaliação da carteira de crédito, com referência a junho de 2011

Auditor/Consultor: PwC

b. Special Inspections Programme – Workstream 3 (SIP – WS3)

Ano: 2011/2012

Assunto: Avaliação das metodologias de stress test, com referência a junho de 2011

Auditor/Consultor: OW

c. Follow up do Special Inspections Programme – Workstream 3 (SIP – WS3)

Ano: 2012

Assunto: Programa de melhorias decorrentes da avaliação das metodologias de stress test

Auditor/Consultor: OW

d. On-Site Inspection Program (OIP)

Ano: 2012

Assunto: Avaliação da carteira de crédito aos setores de construção e promoção imobiliária (CRE), incluindo

créditos reestruturados, localizados em Portugal e Espanha, com referência a junho de 2012

Auditor/Consultor: PwC

Special Inspections Programme – Workstream 1

O Dr. José Bernardo contextualiza esta inspeção nos seguintes termos:

“Relativamente ao programa especial de inspeções à Rentipar Financeira, o denominado SIP, o mesmo foi

executado em 2011 e consistiu numa revisão das carteiras de crédito, com referência a 30 de junho desse ano,

para uma amostra selecionada pelo Banco de Portugal, bem como na apreciação dos modelos de cálculo das

imparidades coletivas, que estavam a ser utilizadas nos bancos nessa altura, e de um conjunto de procedimentos

e práticas seguidas pelos bancos relativamente à concessão de crédito.

Como referi anteriormente, o programa abrangeu os oito maiores grupos bancários nacionais, e o Grupo

Rentipar Financeira, isto é, o detentor do BANIF, enquadrava-se dentro desses grupos, nessa altura.

O trabalho foi executado por duas auditoras que repartiram entre si o esforço — quatro bancos a cada uma

delas —, sendo que uma delas foi a PwC SROC.

No âmbito do programa especial de inspeção, nomeadamente no que respeita aos níveis de imparidade

individual, as amostras que foram analisadas foram amostras direcionadas, abrangeram os 50 grupos