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14 DE SETEMBRO DE 2016

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Q&A 23 novembro de 2012:

3. O relatório do Citi conclui que o Banif mesmo no cenário de base não tem capacidade para reembolsar os

fundos injetados e depois de corrigido o cenário é demasiado otimista. O cenário alternativo do Citi sugere que

o Banif pode não ser capaz de pagar dividendos os acumulados. Lembramos que a viabilidade a longo prazo

exige que qualquer ajuda de Estado é resgatada ao longo do tempo.

4. Analisando Banif’s P&L, concluímos que a reestruturação se baseia numa redução de custo ambiciosa,

em particular no que diz respeito às despesas de pessoal e despesas administrativas gerais. As reduções de

custo-alvo são apenas parcialmente explicada pela redução na força de trabalho e rede de agências do Banif.

Para avaliar se essas metas parecem alcançáveis, o plano de reestruturação teria de ter informação mais

detalhada e um histórico que permita uma comparação. Os riscos de certas medidas de reestruturação precisam

ser levados em conta, bem como os efeitos do plano de reestruturação sobre parâmetros fundamentais como a

nova produção, base de depósitos e similares.

5. Analisando o “loan book split” nota-se que a abordagem da reestruturação não leva a uma mudança

significativa no mix de ativos e o Banif irá continuar exposto fortemente ao setor de crédito ao consumidor.

Considerando-se que o banco já havia aparentemente subestimado os riscos associados a essa atividade e os

fatores macroeconómicos que influenciam o risco associado a essas atividades permanecem desfavoráveis, o

plano de reestruturação teria de fornecer mais evidências de que todos os riscos decorrentes do crédito ao

consumo sector estão suficientemente e prudentemente avaliados em termos de resultados financeiros e

procedimentos operacionais.

6. Questionamos seriamente se o “haircut” para o potencial de venda de ativos é realista e pedimos mais

dados detalhados e evidências a esse respeito.

Enquanto o processo de seleção de carteiras e avaliação estiver em curso não se pode fazer qualquer

declaração razoável sobre a solidez destas suposições. Considerando que a maior parte desses ativos é não-

realização ou tem baixos rendimentos, as margens das propostas parecem não ser conservadoras. Além disso,

os ativos que estão planeados para ser uma parte deste processo de vendas parecem ser muito diversificados

na sua natureza, provavelmente exigindo recursos humanos e outros para a sua conclusão, a acrescentar à

estrutura de custos ao longo de um período de tempo multi-anual.

7. A recente atualização do plano de negócios deixa a impressão de que o banco está a passar por um

processo de transformação quase do zero. Essa situação não é simplesmente compatível com a afirmação de

que o banco tem um modelo de negócio sólido e rentável antes da crise.

Q&A 31 de dezembro de 2012:

4. O Banif afirma que tem uma vantagem competitiva através de uma maior flexibilidade em ambos os

produtos e geografias.

Alega que tem uma imagem de inovação de produtos no segmento das PME, mas não consegue citar

exemplos concretos. Em seguida, vai repetindo as melhorias mais genéricas que cada instituição financeira está

a fazer ou a planear fazer. Termina assinalando que estas melhorias já foram comunicados no documento de

reestruturação do Banif.

Pode indicar quais as inovações ou ofertas de produtos em concreto que daria ao Banif uma proposta única

de venda no segmento de PME que, devido à ausência geográfica ou insuficiente flexibilidade, outros

intervenientes no mercado não seriam capazes de oferecer?

6. Em suma, para se fazer uma projeção financeira credível, será necessário receber informações mais

detalhadas, na forma de "spread sheets”, com três colunas, onde as figuras correspondentes e totais agregados

são reconciliadas através de uma fórmula. Além disso, seria necessário, para ver a distinção através das linhas

de produtos e vencimentos, ordenar por origem geográfica (Portugal Continental, Madeira, Açores e

Internacional) e isso tanto para o lado do ativo como para o lado do passivo.

Ainda relativamente às comunicações estabelecidas durante este período é importante realçar os e-mails

trocados pelo Governador do Banco de Portugal e a Comissão Europeia, onde este alerta para os riscos

decorrentes das exigências de desalavancagem que estavam a ser impostas e a consequente a alteração

substancial ao modelo de negócio que suportava o plano de reestruturação.