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18 DE JULHO DE 2019

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um Sr. Administrador que mesmo que tivesse más intenções ia lá dizia ao Sr. que estava a preencher o contrato:

onde estava 0,75 ponha lá 0,74 ou qualquer coisa. há questões tecnológicas que, se tiver um fio condutor, e

ficar tudo registado evitam-se muitos erros.

Depois também em termos tecnológicos vale a pena dizer que há coisas que a Caixa também tem o seu

caminho. A Caixa, ainda hoje, não tem a sua generalidade de faturas eletrónicas. Aliás, houve uma disposição

no sentido de ser obrigatório para a Administração Pública, mas, por exemplo, começamos logo por ter

dificuldade com as empresas tecnológicas, designadamente as Accentures, BM, etc. que nos faturam

eletronicamente. porque é que estou a referir isto? estou a referir isto porque se eu tiver tudo, quanto mais

automatizado, quanto mais digitalizado, menor é possibilidade de aparecer papel, tirar papel, o papel

desaparecer passado 3 anos ou 4, porque está tudo digitalizado. portanto é aqui um esforço que a caixa também

está a fazer em termos tecnológicos.

Depois em termos de governance, hoje a caixa tem uma estrutura, portanto, bastante mais ativa em termos

das suas comissões executivas e separação daquilo que são os seus órgãos. portanto, a caixa tem um conselho

de administração, tem um conselho fiscal, isso é normal. o que é que hoje funciona de forma bastante mais

efetiva na caixa e nos outros bancos? São as comissões especializadas. portanto, a comissão de riscos

financeiras, como eu já disse, tem um conjunto de aspetos, e bastante trabalho, totalmente documentados as

comissões especializadas, a JST assiste às reuniões delas quando quer, da mesma maneira que assiste às

reuniões da Comissão Executiva e do Conselho de Administração. portanto, pode assistir às reuniões de cada

um. Tem uma Comissão de Auditoria, onde também analisa um conjunto de aspetos e o que eu diria é que estas

comissões, portanto, reúnem em média 10 a 20x quando no passado reunião meia dúzia de vezes, ou uma vez

por mês no máximo, mas penso que nem isso. na parte dos não executivos, hoje em dia exige-se uma carga de

intervenção e de atuação sem paralelo.

Depois o próprio controlo que é feito não tem paralelo. por um exemplo, um controlo que é feito em todos os

bancos de forma totalmente diferente, e também na caixa, é o controlo das atas. como é uma ata basicamente

era feita? Com a decisão final em termos das características do crédito que tinha sido aprovado. e penso que

era assim na generalidade dos bancos. hoje, por exemplo, uma ata de uma comissão executiva, não tem crédito,

mas, portanto, uma ata de uma comissão executiva nunca tem menos de 20 páginas. precisamente porquê?

porque se quer registar o que é que aconteceu, para se poder registar quais os fatores tidos em consideração,

qual é que foi a explicação e se houve intervenções e em que sentido. e isto parece aqui um exemplo caricato,

isto é uma recomendação que enquanto não foi acatada o BCE não retira isso dos aspetos de governance em

termos negativos. isto não é minimamente uma questão de somenos. aliás, se nós virmos a falta de

documentação, das atas e de detalhes e de pormenores, designadamente passadas 10 anos, e 5 anos, e 15

anos, vemos que isto é totalmente diferente.

Em termos de governance também, o que é a aprovação de um plano de sucessão? ou seja, por exemplo,

algo que é indispensável é que nunca mais possa acontecer o que aconteceu em janeiro de 2017 à caixa, que

é ter ficado sem Conselho de Administração durante um tempo. portanto, hoje em dias os bancos têm de ter,

designadamente a Caixa, um plano de sucessão que está acordado entre o acionista e a JST para precisamente

evitar que algo possa voltar a acontecer.

Depois, por outro lado, o recrutamento de membros internacionais. O recrutamento de membros

internacionais é algo absolutamente facultativo, mas que a Caixa faz questão de ter. portanto, a Caixa tem como

política ter 3 a 4 administradores não executivos internacionais. e, portanto, tem pessoas hoje com experiênc ia…

um ex-Administrador do BCE, um ex-Administrador de uma empresa cotada, enfim, tem um antigo Presidente

da Câmara dos Revisores Oficiais de Contas e depois tem mais 2 estrangeiros na área tecnológica e de

finanças… um professor de finanças e com experiência em auditoria noutros bancos.

E depois, desde 2008, depois há aqui uma grande evolução, com certeza depois vão analisar esses passos

com cuidado, mas desde 2008 passou a haver relatórios de controlo interno em termos de compliance, em

termos de auditoria, em termos de risco, que os próprios têm que apurar as suas deficiências e mandá-las ao

banco de Portugal. e, neste caso, hoje, em dia, ao BCE. e isto é totalmente distinto. são os serviços que fazem

as suas análises e, portanto, mandam quais são os tipos de falhas. e, portanto, esse documento é um documento

basicamente elaborado pelos serviços que as administrações aprovam, mas que portanto é em termos de

controlo interno é totalmente distinto.