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II SÉRIE-B — NÚMERO 22

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A CGE 2020 refere ainda que a quebra foi maior do que a esperada na elaboração do Orçamento

Suplementar, em junho de 2020, tendo em conta que a retoma antecipada para a segunda metade do ano foi

interrompida pela intensificação dos contágios, seguido do reforço de medidas de confinamento.

Em sentido contrário, a evolução do mercado de trabalho foi menos negativa face ao esperado, com o

contributo do reforço e alargamento de medidas de apoio à manutenção do emprego e dos rendimentos dos

trabalhadores.

Quadro 2 – Principais indicadores macroeconómicos

Também o Conselho Económico e Social (CES) nota, no seu parecer, que o ano de 2020 não pode ser

analisado sem ter em conta o contexto de pandemia da Covid-19. Reitera ainda que é «consensual que a

economia portuguesa evidenciou a maior recessão desde que há registos» e que «Portugal teve uma quebra

histórica no PIB, que foi mais intensa do que a que atingiu a área do Euro (-6,6%), nomeadamente pela

exposição do nosso país ao turismo, particularmente afetado pelas limitações muito severas à mobilidade

internacional das pessoas. Nestes termos, a exportação de serviços caiu 34%». Também faz referência a

«dados oficiais mais recentes», nomeadamente os dados INE de setembro de 2021, que «apontam mesmo para

uma quebra do PIB de 8,4%».2

2. Evolução do mercado de trabalho

A redução da atividade económica teve impacto no mercado de trabalho, com a taxa de desemprego a

interromper a trajetória de descida. Porém, está em causa um aumento pouco pronunciado tendo em conta a

quebra do PIB, para o qual terão contribuído as várias medidas tomadas pelo Governo, nomeadamente no

âmbito do apoio à manutenção do emprego, com destaque para o layoff simplificado, o apoio à retoma

2 CES – Parecer sobre a conta Geral do Estado 2022, pág. 9.