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16 DE JULHO DE 2022

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3. Evolução Internacional e Economia Portuguesa

1 – Segundo a CGE20, em 2020, a atividade económica mundial registou uma quebra sem paralelo nas

décadas mais recentes, em termos de magnitude e sincronia, refletindo o impacto da pandemia de COVID-19.

O surto pandémico criou uma disrupção na economia mundial, caraterizada por efeitos que se interligam e se

amplificam tanto do lado da oferta quanto da procura. As medidas de confinamento e contenção tomadas por

vários países para controlar a pandemia levaram à suspensão temporária da atividade de muitas empresas e a

perturbações nas cadeias de produção, tal como a quebras forçadas do lado da procura, refletindo-se no

adiamento de decisões de consumo e de investimento. Neste contexto, o PIB mundial registou uma redução de

3,3%, em termos reais, após uma década de expansão caraterizada por um crescimento médio de 3,7%.

O comércio mundial de bens e serviços contraiu-se mais do que a atividade económica, diminuindo

abruptamente, cerca de 9%, face ao ano transato.

2 – Com o objetivo de conter os efeitos negativos das medidas de confinamento sobre a situação financeira

das famílias, das empresas e do sistema financeiro, bem como de criar as condições para uma mais rápida

recuperação económica e social, foram implementadas, na generalidade dos países, várias medidas de política,

nomeadamente monetária e orçamental.

A política monetária caraterizou-se por uma orientação fortemente acomodatícia, a fim de garantir condições

de liquidez mais favoráveis para o sistema bancário, assegurar a manutenção do fluxo de crédito à economia

real e o financiamento à economia. Para além disso, diversos bancos centrais implementaram medidas não