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11 DE FEVEREIRO DE 2023

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Continua a CGE 2021 que a recuperação da atividade económica, em conjugação com a continuação de

apoios públicos concedidos a empresas e a famílias de proteção do emprego e do rendimento, em particular

nos setores mais severamente atingidos pela crise epidémica, contribuíram para a melhoria e resiliência do

mercado de trabalho, especialmente no caso dos EUA. Com efeito, a taxa de desemprego desceu tanto nos

EUA quanto na área do euro para 3,9 % e 7 %, respetivamente, em dezembro de 2021 (6,7 % e 8,2 %,

respetivamente, no final de 2020).

A partir do segundo semestre de 2021, as pressões inflacionistas aumentaram significativamente,

principalmente nas economias avançadas, refletindo a subida generalizada dos preços das matérias-primas,

em particular as energéticas (petróleo e gás natural) e, consequentemente, da eletricidade, mas também o

impacto dos constrangimentos da oferta de diversos bens e a recuperação dos serviços mais afetados pela

pandemia de COVID-19.

Em sentido contrário, a evolução do mercado de trabalho foi menos negativa face ao esperado, com o

contributo do reforço e alargamento de medidas de apoio à manutenção do emprego e dos rendimentos dos

trabalhadores.

Regista a CGE 2021 que, em 2021, a economia portuguesa ficou marcada pela recuperação da atividade

económica, mais intensa na segunda metade do ano, com um ritmo de crescimento acima da área do euro

(exceto no primeiro trimestre, devido a um confinamento muito intenso, que implicou fechar setores

importantes da atividade económica), após registar, em 2020, uma quebra sem precedentes. No conjunto do

ano de 2021, o PIB registou um crescimento em volume de 4,9 %, o mais elevado desde 1990, após a

diminuição histórica de 8,4 % em 2020, refletindo os efeitos marcadamente adversos da pandemia de COVID-

19 na atividade económica.

Para a rápida recuperação da economia contribuíram a melhoria da envolvente externa, o levantamento

gradual das medidas restritivas de confinamento, em paralelo com a elevada taxa de vacinação contra a

COVID-19, e os programas de estabilização e de estímulo económico sem precedentes, tanto a nível nacional

quanto europeu, sendo de destacar os apoios às empresas, que permitiram proteger a capacidade produtiva

da economia.

O ritmo de recuperação da economia foi inferior ao esperado em outubro de 2020, aquando da elaboração

do Orçamento do Estado (OE) para 2021, uma vez que a retoma antecipada para 2021 foi condicionada pelo

recrudescimento dos contágios, seguido do reforço de medidas de confinamento no primeiro trimestre de

2021.