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termos de redução de custos, foi elaborado pela própria TAP. E só para termos aqui uma

perspetiva — eu, novamente, não me lembro dos valores exatos, vou dar números redondos,

porque, com franqueza, não me recordo —, quando nós olhamos para a estrutura de custos da

TAP — portanto, o referencial 2019, obviamente, que era aquele que estávamos a discutir —,

para além do leasing dos aviões, que é uma das componentes principais da estrutura de custos

da TAP, nós tínhamos o fuel, que representava qualquer coisa como 27 % do total dos custos da

TAP, e os custos com pessoal — estamos a falar de custos sem amortizações — andavam

também na ordem dos 27 %, um bocadinho menos, diria que um era 27 qualquer coisa, o outro

era 26 qualquer coisa, esses são os números que eu tenho na cabeça.

Além disso, ainda havia outra componente de custos que era muito pesada aqui, que eram as

taxas aeroportuárias, as slots, portanto, um conjunto de taxas necessárias para a atividade da

TAP.

Quando nós olhamos para esta estrutura de custos só nestas três componentes que eu

mencionei — salários, as taxas aeroportuárias, as slots, etc. — mais o fuel, temos aqui qualquer

coisa como 70 %.

Em relação ao fuel, em 2020, houve uma redução de custos, mas a redução de custos é

conjuntural, há uma redução de custos porque a frota está parada. E, mesmo assim, obviamente

não se consegue uma redução total final. dos custos.

Em relação às taxas aeroportuárias, conseguiu-se aqui alguns adiamentos, ajustamentos, mas

isso foi transversal para todas as companhias aéreas, e, portanto, também novamente era de

natureza conjuntural. Nestas duas componentes não há muito onde consigamos atuar.

Sobre a frota, conseguimos também alguns adiamentos, algumas alterações de datas de entrada

ao serviço de aviões, de prazos de pagamento, conseguiu-se fazer aqui algum ajustamento e,

portanto, esse deu algum impacto financeiro.

Em matéria salarial, obviamente tinha de haver aqui uma redução. A Comissão Europeia não

impunha, de maneira nenhuma, se a redução da massa salarial, portanto dos custos salariais,

seria feita por despedimento ou por redução de salário. E o exercício que, aliás, se pretendeu

levar a cabo era de minimizar precisamente os despedimentos.”

Sobre a redução de custos da massa salarial, Hugo Mendes: “O que é que verdadeiramente

controlamos, num certo sentido? São os recursos humanos. Portanto, não é possível fazer um

plano de reestruturação sem os recursos humanos, e as pessoas, a massa salarial valia entre

20 % e 25 % das despesas.

Não é possível, não é matematicamente possível fazer um plano credível, com apoio à

reestruturação de 5000 milhões de euros — que foi o total, entre Auxílios de Estado e aquilo

que a empresa gastou — sem tocar na massa salarial. Não é possível, a equação não fecha. Não

é uma questão de maldade, de boa-vontade; a equação não fecha”.

Relativamente às slots, importa destacar a presença da TAP nas reuniões com a Comissão onde

18 DE JULHO DE 2023______________________________________________________________________________________________________

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