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“Sim, recordo-me muito bem, até porque o Dr. João Weber Gameiro acabou por estar cerca de

quatro meses em funções. O Dr. João Weber Gameiro demite-se por considerar, pessoalmente,

que não tinha condições para, enfim, lidar com a pressão que estávamos a ter. Especialmente,

e isso foi muito notório, porque quando o Dr. João Weber Gameiro assumiu funções — portanto,

e estamos em junho — nós tínhamos uma expectativa de uma data de aprovação do plano de

reestruturação que se veio a revelar um pouco mais demorado. E, portanto, o Dr. João Weber

Gameiro pediu a sua renúncia — e tivemos algumas conversas sobre isso — porque fez uma

avaliação sobre a sua capacidade de lidar com o risco associado às decisões que estavam a ser

tomadas.”,

“As razões que estiveram subjacentes a isto, sim, com certeza que imagino que tenham sido

ampliadas, pelo facto de que não era a questão do contrato de gestão, era a questão do seguro,

que o Sr. Dr. João Weber Gameiro levanta, a questão de ter ou não ter o seguro. Admito que

isso tenha, de facto, ajudado, mas a razão pela qual ele toma a decisão não é por não ter o

seguro. Aliás, ele é o único administrador que, de facto, apresenta a renúncia, sendo que todos

eles estão exatamente nas mesmas circunstâncias. O Dr. João Weber Gameiro apresenta a sua

renúncia, incluindo porque, não tendo o seguro, considera pessoalmente que a sua leitura de

risco que está associada a este aspeto não lhe permite continuar.”,

e

“Mas deixe-me ir à questão do seguro. Talvez valha a pena ir à questão do seguro, talvez ajude

um bocadinho a perceber este tema. O Dr. João Weber Gameiro levantou — aliás, com toda a

franqueza, a questão não foi levantada pelo Dr. João Weber Gameiro, foi levantada pelo

Chairman da TAP, embora o Dr. João Weber Gameiro tenha falado comigo, até, sobre essa

matéria do seguro —, e a questão que colocavam era de que, de facto, com a situação da covid

e com o facto de o plano de reestruturação não estar aprovado — portanto, havia ali uma

situação, digamos, de incerteza —, o mercado não estava a fazer o seguro nas condições que a

TAP desejaria e, vamos ser francos, equiparadas ao mercado. Isso é verdade, mas existia seguro.

Primeiro aspeto. Segundo aspeto: é verdade que existia seguro, não com a cobertura que

desejariam. Eu, por várias vezes, tive a oportunidade de explicar, até diretamente ao Dr. João

Weber Gameiro, que seria uma situação transitória, naturalmente; portanto, a convicção que

nós tínhamos era de que quando tivéssemos o plano de reestruturação aprovado teríamos

condições, de facto, para ter o seguro, como, aliás, se veio a verificar — embora também aqui,

um pequeno parênteses, é óbvio que depois da covid o preço da generalidade dos seguros

aumentou —, mas, portanto, era uma questão não só que tinha uma natureza transitória como,

adicionalmente, não haveria condições. Era uma questão de mercado, não haveria condições

para encontrarmos aqui outra solução, e isso foi manifestado várias vezes, uma vez que a

generalidade das decisões estava a ser tomada ao abrigo de um plano de reestruturação, ou

seja, de uma intervenção que estava a ser feita numa empresa. É verdade que o plano de

reestruturação não estava aprovado, mas havia versões do plano de reestruturação e, portanto,

sabíamos, em cada momento, digamos, quais eram as orientações para a TAP e estaríamos

II SÉRIE-B — NÚMERO 95______________________________________________________________________________________________________

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