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II SÉRIE-B — NÚMERO 59

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e do litoral do País.

De seguida, usou da palavra o Sr. Deputado Bernardo Pessanha (CH) que, após saudar os peticionários e

saudar a sua presença, afirmou que, apesar da preocupação em torno do fecho das urgências pediátricas unir

os vários partidos, nomeadamente o PS e o PSD, há uma falha comum: a incapacidade de resolver o problema,

o que, explicou, era particularmente relevante, dado que o Grupo Parlamentar do Chega já havia solicitado uma

audição ao Conselho de Administração da ULS de Viseu Dão-Lafões em junho, e apesar de terem ocorrido

audições, a situação permanece inalterada, refletindo uma lacuna na ação governamental.

Comentou também os anúncios feitos pelo Governo, incluindo o Plano de Emergência para a Saúde,

apresentado em maio, que, segundo afirma, não trouxe resultados concretos. Destacou que, apesar de a

Ministra da Saúde ter prometido uma resolução para breve, já passaram sete meses desde a posse do Governo

e o problema continua.

Por fim, questionou os peticionários sobre o seguinte:

1. O Plano de Emergência para a Saúde teve algum efeito prático na reabertura das urgências pediátricas?

2. Acreditam que desta vez o problema será resolvido?

A Sr.ª Deputada relatora, Marisa Matias (BE) relembrou que o partido já tinha requerido a presença da

administração do hospital na comissão e que houve uma discussão anterior sobre o tema. Para o Bloco de

Esquerda, é claro que os problemas do hospital não surgiram recentemente, mas também é evidente que o

anterior Conselho de Administração havia alertado o Ministério da Saúde e solicitado soluções, que não foram

apresentadas, levando à situação atual.

Expressou solidariedade com a causa, enfatizando que é inaceitável que uma cidade como Viseu, juntamente

com os municípios circundantes, não disponha de serviços de urgência adequados. Além disso, criticou a

solução de encaminhar crianças para hospitais em Coimbra, Aveiro ou Guarda, considerando que isso não

resolve o problema.

A peticionária Filipa Bexiga, na sua intervenção final, explicou que embora tivesse sido solicitada uma reunião

com o antigo Conselho de Administração do hospital de Viseu, não foi obtida resposta. No entanto, conseguiram

reunir-se com o atual Conselho durante a segunda quinzena de agosto.

Quanto ao Plano de Emergência para a Saúde, afirmou que o mesmo não teve nenhum efeito positivo,

porquanto houve crianças a ser encaminhadas para o hospital de Coimbra, uma das quais faleceu. Questionados

sobre se acreditam que o problema será resolvido desta vez, a peticionária mostrou ceticismo, acusando as

autoridades de continuar a iludir a população, transformando a situação numa questão política. Além disso,

mencionou que não é apenas a urgência pediátrica que enfrenta problemas, mas também outros serviços, como

a urgência obstétrica, destacando que o problema é centralizado e não exclusivo de Viseu.

O peticionário Fernando Bexiga acrescentou que a situação pediátrica na região é muito preocupante,

havendo temores de que o serviço nunca mais volte a funcionar como funcionava antes de março de 2024.

Reconheceu as necessidades na área de pediatria e outras especialidades, mas ressaltou que formar médicos

leva tempo.

Mencionou a questão dos concursos com remunerações baixas para médicos, o que os faz procurar

melhores condições noutros hospitais, como Aveiro ou no setor privado, afirmando que essa opção não resolve

o problema, uma vez que as urgências da CUF, por exemplo, fecham cedo, e as pessoas acabam por ter de

recorrer a um hospital público. Reiterou que, no dia 14 de outubro, a Ministra da Saúde prometeu resolver o

problema em duas semanas, mas ele e a comunidade aguardam com expectativa o resultado, já que, até o

momento, as iniciativas apresentadas desde o encerramento da pediatria em março não trouxeram soluções.

O peticionário relatou casos graves de crianças que precisaram de ser levadas para Coimbra, pelos seus

pais, em condições de risco, ressaltando que essa situação é inaceitável, criticando o facto de as urgências

funcionarem em horários limitados. Mais destacou a importância do Serviço Nacional de Saúde.

Expressou a sua desilusão e falta de confiança em relação às soluções prometidas pelo Governo, ressaltando

que não é possível formar especialistas em poucos meses.

Por fim, o peticionário destacou a importância do hospital de Viseu, afirmando que este serve uma população

de 500 mil habitantes, classificando como vergonhoso o facto de a situação ter chegado ao ponto atual.