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II SÉRIE- C —NÚMERO 24

Várias tentativas foram feitas pela Escola para rever a situação de injustiça de que foi vítima este funcionário. O júri do concurso não aceitou o recurso.

Escola Secundária da Amora

Presenças:

Conselho directivo; Associação de Estudantes; Associação de Pais;

Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais;

Coordenadora da Área Pedagógica de Setúbal, em substituição da directora regional de Educação de Lisboa;

Engenheiro dos equipamentos educativos (DREL).

Notas breves. — Esteve presente um órgão de comunicação social do Seixal.

A Escola Secundária da Amora fica situada numa zona urbana que se caracteriza por ser um dos dormitórios da área metropolitana e onde habitam famílias oriundas do meio operário e de média burguesia ligada ao comércio, serviços e indústria. A zona abrangida pela Escola possui alguns recursos culturais e educativos. A Escola é servida por uma razoável rede de transportes, com excepção dos da linha da Fonte da Telha que são espaçadas de hora a hora, o que cria alguns problemas quer na elaboração de horários quer aos alunos utentes dessa linha.

«A Escola Secundaria da Amora é um barril de pólvora», foi a forma como o presidente do conselho directivo se referiu a este estabelecimento de ensino, construído para 1600/1700 alunos e que no ano lectivo de 1990-1991 teve uma frequência de 4264 alunos. O horário de funcionamento é de regime triplo, com aulas ao sábado até às 13 horas e 30 minutos. Os professores da Escola Secundária da Amora são 251, sendo 197 do quadro de efectivos.

Um dos factores da falta de segurança identificados nesta Escola é a sobrelotação da mesma. Outro, o tipo de instalações — pavilhões e 18 contentores em estado deplorável.

A vida escolar nos contentores é insuportável e levou, já no presente ano lectivo, a que os alunos da Escola tenham instituído na Escola o «dia da manta».

Outro factor de insegurança na Escola relaciona-se com as limitações de pessoal auxiliar não só em número mas também de formação.

A Escola tem um funcionário de gabinete de segurança do Ministério da Educação, que tem feito um bom trabalho; já teve dois, mas por dificuldades económicas do Gabinete foi retirada uma unidade à Escola.

A população escolar não é homogénea, os alunos agregam-se em grupos, os habitantes da Quinta da Princesa — negros — são normalmente marginalizados.

A Escola faz esforços para evitar a marginalização dos alunos.

Os alunos nesta Escola entram e saem livremente da Escola.

Já houve nesta Escola grandes problemas de droga Hoje apenas se sabe da existência de casos pontuais.

Já foi feita na Escola e no seu espaço exterior observação directa por especialistas com conhecimento do conselho directivo, mas não se detectou qualquer ocorrência.

A segurança da Escola melhorou com o apoio do Gabinete de Segurança do Ministério da Educação e já antes disso com a implantação da esquadra da PSP na Amora.

Há oito anos a- Escola chegou a tem 500 vidros partidos por ano; este ano 100 vidros é o número previsto.

A Escola tem pavilhão gimnodesportivo bem equipado e com a área vocacional — Desporto.

Os pais e os alunos reivindicam a área de Electrotecnia na Escola Secundária da Amora para que os alunos não tenham de se deslocar para Almada para a frequência desta área.

O insucesso escolar nesta escola é de 30 %, que se considera elevado para a média do insucesso verificado no distrito de Setúbal. Há três anos chegou-se à conclusão por estudo feito na Escola de que 10 % dos alunos que terminam o 9.° ano se matriculam no 10.°

Os alunos têm a sua Associação, com instalações próprias e os meios a que têm direito por lei.

Com a Escola colabora ainda a Associação de Pais, assim como a FERLAP. Os pais presentes sublinharam que os pais vêm pouco à Escola e adiantaram como explicação do facto a necessidade que alguns pais tiveram de emigrar, muitos pais têm trabalho precário sem tempo para irem à Escola quando nas suas horas laborais são convocados, alguns pais estão desinteressados com a resposta que a Escola dos nossos dias (e não a Escola Secundária da Amora) dá aos seus filhos.

Os diferentes intervenientes na Escola são unânimes em propor como soluções para os problemas que subsistem a construção de instalações que acabem com a sobrelotação e com os «contentores», a colocação de mais pessoal de segurança na Escola, o aumento de crédito de horas para actividades de tempos livres no âmbito da área escolar, o apoio em viatura do Gabinete de Segurança do Ministério da Educação.

Quanto a este último item, a Escola Secundária da Amora tem feito um enorme esforço para diversificar actividades para os seus mais de 4000 alunos. No ano lectivo de 1991-1992 estão a funcionar 11 núcleos/clubes/tempos livres (jornalismo, 60 alunos; saúde, 15 alunos; francês, 30 alunos; dactilografia 30 alunos; fotografia 15 alunos; alemão, 15 alunos; ambiente, 15 alunos; inglês, 30 alunos; xadrez, 15 alunos; desporto escolar, 100 alunos; teatro, 20 alunos).

Existem ainda em funcionamento 17 actividades de complemento curricular/projectos pedagógicos (semana da escola, 4264 alunos (todos); jogos desportivos da ESA, 800 alunos (escolas de Almada e Seixal); torneios desportivos interturmas, todas as turmas do unificado; edição do jornal Rio Judeu, 20 alunos; colóquios «Saúde e adolescência», 200 alunos; concurso de gastronomia francesa, 100 alunos; concurso literário de francês, 200 alunos; cursos de iniciação à informática 3 funcionários; torneio de xadrez interescolas, escolas do Seixal; observatório meteorológico, 30 alunos; encenação/representação de três peças de teatro, 30 alunos; colóquio com jornalistas/escritores, 120 alunos; Dia Medieval, 60 alunos; concurso caça ao autor e à obra 30 alunos e encarregados de educação; exposições de fotografia, número de alunos variável; concurso de fotografia «Município do Seixal e sua gentes», 2 alunas e aberto a participantes exteriores à Escola; reciclagem do papel, 60 alunos.

A Escola tem uma biblioteca com mais de 7000 volumes, que é utilizada na medida do possível de acordo com os horários de funcionamento da Escola que são considerados pelo responsável da DREL e pelo CD, pais e alunos como sendo bons e cumprindo as normas, apesar de a Escola ser a maior escola da Europa em número de alunos.