O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

200

II SÉRIE -C —NÚMERO 24

Criação de ateliers de ligação à vida activa;

Criação de quadros técnicos de apoio ao ensino — psicólogo, assistente social;

Aumento do número de funcionarios de acção educativa com formação adequada;

Mais guardas;

Continuação do trabalho em colaboração com outras instituições da comunidade;

Refeitório adequado ao número de alunos carecidos;

Continuação do trabalho de colaboração com a Associação de Pais e desta com os encarregados de educação dos alunos com problemas disciplinares graves;

Melhor e maior participação dos pais na vida escolar. Escola do 1.» Ciclo do Ensino Básico n.s 1 de Vale de Figueira

Presenças:

Directora da Escola; Professora de apoio do PIPSE; Presidente da Junta de Freguesia de Sobreda da Caparica;

Federação das Associações de Pais;

Vereador do pelouro do ensino/educação da Câmara Municipal de Almada;

Coordenadora do Gabinete de Segurança do Ministério da Educação;

Coordenadora da Área Pedagógica do Distrito de Setúbal;

Técnico de educação da Câmara Municipal de Almada;

Técnico de obras da Câmara Municipal de Almada; Director escolar de Setúbal; Delegado escolar.

Notas breves. — Acompanhou a visita a Rádio Voz de Almada.

A Escola n.° 1 de Vale de Figueira responde a necessidades educativas de alunos oriundos de um meio sócio-económico muito deficitário, com fraco nível cultural, agravado quando um bairro junto à Escola ficou habitado. Este bairro social alojou famílias que não estão enraizadas na região devido ao crescimento não planificado e inesperado de que foi vítima o concelho de Almada Há desemprego e trabalho precário nas famílias donde são oriundos estes alunos. Há situações de alcoolismo e prostituição.

Não há jardim-de-infância em Vale de Figueira.

Não há hipóteses de instalação de tempos livres nem na própria Escola nem na comunidade.

Existe uma sociedade cultural e recreativa que promove actividades desportivas e que colabora com a Escola. A comissão de moradores também colabora Há um centro paroquial, com ocupação de tempos livres, que alguns alunos frequentam.

A Escola, com 245 alunos, funciona em regime de desdobramento, com 12 turmas e 1 turma em regime normal. A Escola tem maus acessos e inal iluminados — pratica horário de Inverno.

As instalações são constituídas por duas salas do Plano dos Centenários; três em pavilhões de madeira; duas em pavilhões mais novos; uma sala de professores, mas também para os alunos, com televisão.

A Escola tem uma vedação a necessitar ser substituída. Há controlo de entradas e saídas, só com um portão aber-\o todo o dia.

Há muitos assaltos à Escola, o último foi em 9 de Fevereiro de 1992, mas o ano pior foi o de 1987-1988, com assaltos semanais à Escola.

É uma Escola com elevado índice de insucesso escolar, que desde 1988-1989 faz parte do projecto de intervenção prioritária.

Os alunos recebem apoios sociais através da Junta de Freguesia, autarquia para a qual a Câmara descentralizou, entre outras, estas competências (livros, material escolar e apoio social).

A Câmara subsidia a compra de material didáctico e de desgaste.

O Centro Regional de Segurança Social e o PIPSE apoiavam estes alunos em alimentação através do programa de apoio à pobreza, mas este apoio da segurança social terminou em Dezembro, o que veio trazer grandes problemas às crianças, praticamente todas carenciadas. Dos 245 alunos da escola 241 tinham este apoio.

Agora apenas o PIPSE subsidia 68 crianças em suplemento alimentar. Há falta de verbas para o suplemento e de pessoal de apoio.

A Escola dá apoio uma professora da equipa de ensino especial. Há três professores envolvidos no apoio pedagógico (complementar) a 65 alunos do 2." ano.

Há muitos alunos com dificuldades de aprendizagem. Nota-se uma grande dificuldade, por parte das crianças, em falar.

Há dificuldades na marcação das consultas na continuidade das acções da saúde escolar. Há apenas uma psicóloga que trabalha no Centro de Saúde e que apoia os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra.

O abandono escolar é frequente.

Há duas famílias com grandes problemas de alcoolismo.

Há uma intervenção directa da Escola na comunidade, embora não haja comissão de pais organizada.

A Escola tem um plano escolar anual com vários projectos e acções de sensibilização para os alunos e para a comunidade (semana perfumada; projecto boa comida).

Pediram a adesão ao Projecto MINERVA, fizeram o projecto, a Câmara fez as instalações, o Ministério não deu os computadores!

A Escola n.° 1 de Vale de Figueira tem alunos no projecto de ligação à vida activa.

Os professores identificaram como principais causas da falta de segurança na Escola:

A localização e tipologia da Escola; Os problemas sócio-económicos e culturais do meio envolvente;

Falta de pessoal de segurança (o Gabinete de Segurança do Ministério da Educação só cobre, e com deficiências, o ensino preparatório e secundário);

Falta de pessoal de acção educativa;

e propuseram como formas de ultrapassar as situações mais urgentes as seguintes:

Substituição da rede da vedação;

A construção de uma escola nova;

Apoio específico a estas crianças através de um gabinete com psicólogo e assistente social;

Facilitação no acesso às condições de saúde —consultas, exames —, quando encaminhados peia saúde escolar,

Diminuição do número de alunos para a Escola poder proporcionar actividades de tempos livres;

Colocação de mais professores de apoio;

Intervenção apoiada pela segurança social no âmbito da alimentação;

Sensibilização da opinião pública para o papel que os pais devem ter no acompanhamento da vida escolar dos filhos.