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II SÉRIE-C — NÚMERO 28

O Deputado Pierre Beaufays (Câmara dos Representantes, Bélgica) questionou sobre a política alemã neste contexto. Depois, perguntou qual a articulação entre a

Célula de Cooperação e a Comissão Europeia. Concluiu defendendo a primazia da dignidade humana.

O Deputado Ignasi Guardans (Congresso dos Deputados, Espanha) lembrou que a PESC não é contra os Estados Unidos, mas à margem destes. A Espanha apoia a institucionalização da PESC. Finalmente, mencionou que os corpos diplomáticos da União são estanques, devendo haver informações para todos.

O Deputado Francisco Torres (Assembleia da República) referiu as três prioridades actuais da União: a ligação das reformas institucionais, o alargamento e a PESC. No âmbito do alargamento, não se pode correr o risco de prometer associação com certos países e depois deixá-los numa espécie de «limbo», recusando a ideia de grupos de alargamento.

Expressou ainda a vontade que o processo de alargamento tenha um forte impulso durante a presidência finlandesa. Finalmente, defendeu uma grande coordenação entre a Célula de Planeamento e Alerta Precoce, o Sr. PESC, a Comissão e o Conselho, referindo ainda a dificuldade da representação da União no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O presidente Peter Schieder (Nationalrat, Áustria) observou que o estatuto de neutralidade da Áustria não significa falta de solidariedade com a União, tomando posições activas nas negociações. Finalmente, apelou a uma mais forte colaboração parlamentar, levantando dúvidas sobre a articulação entre o PH e a Assembleia Parlamentar da UEO.

O presidente Lojze Petcrle (Eslovénia) assinalou que a participação no conflito dos Balcãs é uma responsabilidade europeia, inserida nos objectivos da PESC.

A Deputada Maria Damanaki (Grécia) também disse que o Kosovo é uma questão europeia, sendo obrigação da União desenvolver a PESC. O debate público na Grécia tem sido muito intenso, devendo a União ter a mesma determinação que noutras áreas.

A Deputada Sandra Fei (Câmara dos Deputados, Itália) observou que a designação do Sr. PESC se tornou muito importante, não se podendo dar a impressão que delegámos a política externa nos EUA. Finalmente, disse que deverá haver um equilíbrio Norte-Sul, área onde a União ainda tem muito para fazer.

O presidente Assen Agov (Bulgária) realçou o sucesso da PESC na crise do Kosovo, esperando que, no futuro, a Jugoslávia seja um país democrático e membro da União. Depois, disse ser perigoso juntar no mesmo grupo os países dos Balcãs, Roménia e Bulgária incluídos.

O Deputado Michael Stübgen (Bundestag, Alemanha) disse que os orçamentos da União a curto ou médio prazo deverão estar preparados para a nova dimensão da PESC, esperando ainda maior cooperação entre a UE e a UEO durante a presidência finjandesa. O Sr. PESC deverá ter uma margem de acção e fontes financeiras para actuar.

A Deputada Tuija Brax (Finlândia) lembrou que a União Europeia tem de considerar os países neutros, relevando ainda a importância da política comercial, em especial lendo em vista as futuras negociações da OMC.

A Deputada Doros Theodoru (Chipre) recordou que o seu país é candidato à União, mas não à NATO. Este pedido de adesão deve-se a identidade de valores, não por razões económicas, relevando aqui o sentimento de segurança. Por isso, defendeu uma maior presença política

da Europa, uma vez que os EUA é que fazem vingar os seus interesses.

O Deputado Maurice Ligot (Assembleia Nacional, França) defendeu um poder de. decisão próprio da Europa, sem dependência em relação aos EUA. Deve haver uma vontade política comum, sendo necessário que as opiniões públicas sejam convencidas das vantagens do alargamento.

O presidente Loukas Apostolidis (Grécia) disse que o seu país está particularmente afectado com a crise no Kosovo, que terá impacte nas eleições europeias. Por isso, a União tem de ter um papel mais relevante, articulado com a NATO e a UEO. A PESC é, por isso, o desafio mais importante da Europa a seguir ao euro. Finalmente, afirmou que a guerra no Kosovo se consubstancia numa catástrofe ambiental, propondo a realização de uma conferência europeia para os refugiados, a realizar no Verão deste ano.

O Deputado José Saraiva (Assembleia da República) afirmou que a Europa vive uma angústia colectiva, parecendo que a mera nomeação do Sr. PESC resolverá tudo. Mas tal empenhamento na PESC terá uma factura elevada, que não se sabe se a Europa poderá pagar, e essa factura não poderá a prazo pôr em causa o modelo social europeu, dado que demorou muito tempo para acordar para a realidade.

Por outro lado, disse acompanhar todos os que desejam o fim das hostilidades contra a entidade política intolerável que se situa na Sérvia, considerando ainda que será nas negociações da OMC que os EUA apresentarão a primeira factura à União Europeia.

O Deputado Philippe Herzog (Parlamento Europeu) mencionou o facto de a política económica externa ainda não estar completa, dado que matérias na Comissão 113 (política comercial) não avançaram. Para tal, é necessária também uma maior cooperação entre o PE e os Parlamentos nacionais.

O Deputado Henk De Haan (2a Câmara, Holanda) disse que, nas negociações da OMC, a questão da liberalização dos serviços é muito importante, para além das agrícolas, devendo ainda defender-se a integração, naquelas negociações, dos países em vias de desenvolvimento.

A Deputada Nicole Catala (Assembleia Nacional, França) observou que, na arquitectura da Europa, deve haver regras fixas do Conselho para a Comissão, que deve

ter em conta o interesse europeu comum.

Lorde Tordoff (Câmara dos Lordes, Reino Unido) referiu-se à questão dos bens geneticamente modificados, dizendo que a Europa é diferente dos EUA, não nos podendo submeter aos ditames americanos sobre o que podemos ou não comer.

O Senador Paul Hatry (Senado, França) afirmou que as relações transatlânticas estão, sob o ponto de vista comercial, bastante complicadas. O diálogo com os EUA é essencial para concluir com sucesso as negociações da OMC.

O presidente. Pedro Solbes (Congresso dos Deputados, Espanha) também se referiu aos alimentos geneticamente modificados, defendendo a posição da União Europe\a nesta questão.

O presidente Tino Bedin (Senado, Itália) referiu-se à zona Mcrcosul e ao necessário apoio aos países mediterrânicos, evitando assim tensões demográficas.

A Deputada Maria Manuela Augusto (Assembleia da República) referiu-se às relações da União Europeia com a América Latina, sendo necessária uma cooperação reforçada, dada a forte relação entre os povos. Nos anos