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0009 | II Série C - Número 010 | 02 de Julho de 2005

 

foram tratadas, pois, como sugeriu na sua intervenção, o Presidente da Comissão Permanente do Ambiente e Energia do Stortinget, Mr. Bror Yngve Rahm, "o Oceano Árctico é o Mediterrâneo desta zona do globo".
As intervenções dos painéis foram efectuadas por representantes governamentais noruegueses, parlamentares (OSCE, Duma Russa e Stortinget e por especialistas de ONG e de Agências ou Empresas Estatais Norueguesas.
Esta distribuição dos oradores pelos diversos painéis, permitiu uma visão bastante abrangente, quer do ponto de vista técnico quer do ponto de vista político, de todas as matérias em debate, tendo todos sido moderados por um parlamentar.

No primeiro painel - Alterações Climatéricas, participaram como oradores, dois Directores de Agências Governamentais Norueguesas, que distribuíram cópias das intervenções.

Mr. Olav Orheim - Director do Instituto Polar Norueguês, que falou sobre a relação entre a política e a ciência, no Árctico (ver anexo 5);
Dr. Päl Prestud - Director do Instituto de Investigação Ambiental CICERO (Oslo), que abordou as consequências políticas e em termos globais das alterações climatéricas no Árctico (ver anexo 6).

Destas intervenções e da discussão que se seguiu sobre o efeito de estufa, saliento apenas duas questões. Em primeiro lugar, não nos podermos esquecer que "caso todo o gelo do Árctico se derreta, o nível médio das águas do mar aumenta em cerca de 6 metros; se apenas se derreter 20% do gelo do Árctico, o nível médio das águas do mar aumenta 1 metro" (Dr. Päl Prestud), o que prova, objectivamente, (como se poderá verificar pela análise de diversas intervenções noutros painéis) que os problemas ambientais do Árctico, afectam todo o planeta e não só os países daquela zona do globo.
Em segundo lugar, e porque intimamente ligado com esta questão, a importância da implementação efectiva do protocolo de Quioto, já ratificado por 124 países que contam para 42% do total de emissões de efluentes gasosos do planeta, mas que necessita da aprovação de um conjunto de países que somem 55% do total das emissões planetárias em vigor.

No segundo painel, sobre Desperdícios Nucleares, participaram o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros norueguês e o Director duma ONG Ambiental (que se auto define como tecnologicamente optimista):

Mr. Kim Traavik - Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros Norueguês, salientou as prioridades e os princípios do Governo norueguês, no que diz respeitar à gestão de desperdícios de material radioactivo na região, sublinhando que actualmente o Governo norueguês se encontra a trabalhar com o Governo russo no desmantelamento de submarinos nucleares e das velhas baterias nucleares pertencentes a faróis ao longo das costas russas do norte e na limpeza das instalações de armazenagem de material radioactivo, da Baia Andreeva (junto a Murmansk);
Mr. Frederic Hauge - Director-Geral da ONG norueguesa Bellona (www.bellona.no), que teve uma intervenção bastante interessante e muito dura para com a Federação Russa, sobre os desafios de segurança e de gestão de desperdícios nucleares que se colocam actualmente naquela região, na Europa e um pouco por todo o mundo, após o desmembramento da URSS (ver anexo 7). Esta intervenção motivou uma reacção, igualmente dura por parte da delegação russa, que pretendeu justificar e enquadrar o estado actual da gestão do excedente de material radioactivo na Federação Russa, com a escalada nuclear que se verificou durante a Guerra-Fria e com o estado de confusão (classificado como pesadelo) que se viveu na URSS após o seu desmembramento, principalmente entre os anos de 1991 e 1996.

Sobre este painel, gostaria apenas de lembrar a importância global desta (suposta) questão transfronteiriça regional, pois por força dos ventos, das correntes marítimas e da própria cadeia alimentar, os efeitos de uma deficiente gestão do material radioactivo obsoleto ou fora de uso nesta zona, poderá ter implicações noutras zonas do globo, como o prova, por exemplo, o acidente nuclear de Chernobyl.
No terceiro painel, sobre a Exploração Petrolífera, participaram como oradores o Vice-Presidente da Duma Russa, um dos Directores da Statoil (a empresa norueguesa de petróleo, detida pelo Estado em 70%) e o Secretário de Estado do Petróleo e da Energia Norueguês:

Mr. Artur Chilingarov - Vice-Presidente da Duma Russa, defendeu a política russa de protecção ambienta!, que tinha sido fortemente atacada no painel anterior, afirmando que, dentro das suas possibilidades, o Estado russo tem tomado diversas medidas para a protecção do meio ambiente e recursos naturais, lembrando que a herança da Guerra-Fria é muito pesada para o seu país.
Mr. Henrik Carlsen - Director da Statoil, além de efectuar uma pequena resenha histórica sobre a exploração petrolífera nas costas norueguesas, elencou as possibilidades futuras para a exploração de gás e petróleo nos mares da Noruega, lembrando que o aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais