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II SÉRIE-C — NÚMERO 65 __________________________________________________________________________________________________

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nós temos de saber quem os vai assumir, porque não podem ser as associações a assumir esses riscos, dado que podemos ter problemas muito sérios.”

Para a FENAFLORESTA não parece bem “seis meses para um lado, seis meses para o outro. Pela actual legislação, temos 25 dias de férias, onde é que ficam esses 25 dias? Os sapadores florestais trabalham e estão no combate, se assim for, aos sábados, aos domingos, aos feriados, à noite e isso tem que ser pago, de alguma forma. E como isso não está contemplado, a única forma que temos de pagar aos homens é através de dias de férias.”

Também para a FORESTIS “um dos problemas graves, neste momento, concretamente em relação aos sapadores são estes seis meses de serviço público que vão ter que fazer e que não está regulamentada a transição.” Defendem para segurança do corpo que “os nossos sapadores, que vão estar na primeira linha dos primeiros fogos, devem estar sob alguma direcção militarizada.”

Quanto ao financiamento, as opiniões divergem, sendo a Pinus Verde a mais favorável ao modelo encontrado, dizendo que “a questão relativa aos sapadores está respondida. A reforma, evidentemente, é interessante. Felizmente, acabou-se com uma norma um pouco absurda que dizia que ao fim de cinco anos da constituição da equipa de sapadores havia uma diminuição de verbas sensivelmente de 35 000 € para 15 000 €. Felizmente essa questão parece estar ultrapassada e entre o apoio que o Estado possa dar, o apoio que os municípios dão, e o apoio que as equipas também dão aos produtores, porque para além dos serviços que decorrem dos processos as próprias entidades, como é o nosso caso, prestam serviço aos seus associados (temos determinado valores por hectare e prestamos serviços aos nossos associados, o que é uma belíssima fonte de financiamento para a entidade), resolve-se parte do nosso problema de autofinanciamento.”

A BALADI manifesta que “hoje há conselhos directivos de baldios que já não têm dinheiro para manter o esforço que estão a fazer para manter essas equipas” e propõe “que o Estado pague também 40% das despesas com os 40% das receitas que vão buscar aos baldios.” E dizem que “mais uma vez, constatamos que, no documento, não há qualquer diferenciação em termos de equipas de sapadores florestais, e deveria haver, porque equipas de sapadores florestais geridas pelos baldios são diferentes das equipas de sapadores florestais de associações privadas.” Para a BALADI a proposta de “protocolos em que pudessem ser salvaguardadas as questões das equipas de sapadores florestais dos baldios e até atribuídos determinados apoios diferenciados a estas últimas equipas” não é a solução. A solução é mesmo uma diferenciação formal.”

5.5.4. Programas de Sensibilização As entidades convergem na necessidade de se fazerem campanhas de sensibilização para alterar

comportamentos e hábitos e reduzir os riscos da utilização do fogo em Portugal. A CAP manifesta de forma expressiva esse sentimento dizendo que “há maus hábitos na maneira de ser e

nos comportamentos dos portugueses, a todos os níveis, que têm de ser alterados, rapidamente, quer através de campanhas de sensibilização, quer através de uma actuação dura, mesmo em termos de penalização dos maus actos praticados, como o facto de se utilizar, de uma forma incorrecta, o fogo.”

O GEOTA entende, “como associação de ambiente, que é muito importante a dimensão de sensibilização junto das escolas, das associações locais, dos próprios media e das associações de produtores.”

A ANAFRE também coloca esta questão com essencial para se vencer o drama dos fogos florestais e oferece os seus préstimos para “participar na sensibilização, temos uma rede nacional, que é única no País, de 4259 postos nacionais, que são a representação de cada uma destas freguesias, e a ANAFRE está disponível a participar nessas acções e sermos agentes activos nesta mudança.”Refere ainda que seria muito interessante aproveitar “as associações de caçadores, também do ponto de vista da prevenção florestal, que é uma actividade importante, pode ajudar, e também ajudar a consciencializar os cidadãos pela via dessa actividade.”

A Pinus Verde dá o seu próprio exemplo para mostrar a importância da sensibilização, nomeadamente, em termos de práticas agrícolas de risco, contando que “as queimadas ilegais, quando chegámos, rondavam as 45 a 50 por ano; hoje, a partir da sensibilização que as equipas de sapadores, porque é um trabalho que realizam o ano inteiro, estamos reduzidos a 1 ou 2 queimadas ilegais. Isto, só pelo facto de estarem presentes, de falarem com as pessoas do meio rural e de lhes explicarem os perigos inerentes e também, evidentemente, pela vigilância que realizam e que diminui, em muito, o risco de incêndio.”

A FORESTIS tem já uma boa experiência em campanhas de sensibilização e, este ano, mais uma vez, estão “a fazer uma campanha, quer para o público em geral, quer para as crianças, quer no secundário, quer no superior, sendo, também, lançada a nossa mascote.”

Também a QUERCUS se referiu “ao papel específico das ONG, nós ajudamos a sensibilizar um pouco mais a sociedade. Temos o projecto “De Olhos na Floresta”, que promove a importância da floresta e o que é que se deve fazer quando há uma ocorrência que as pessoas devem ligar para o 117.” Mas fazem outras acções pontuais “como o Dia da Floresta, às vezes mais simbólicas, porque tratam-se de comemorações.”

O SNBPC embora reconheça que o domínio da comunicação e da sensibilização pública, no Serviço, essa é “uma área que está um pouco desguarnecida, têm já em finalização um plano de trabalho, mais relacionado